sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
DOCES FESTAS
Oferecer teatro
Quiosqueiro Com Fuso
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Concerto de Natal
Dar o corpo
“Será preciso que um dia um actor entregue o seu corpo vivo à medicina, que seja aberto, que se saiba enfim o que acontece lá dentro, quando está a actuar. Que se saiba como é feito, o outro corpo. Porque o actor actua com um corpo que não o seu. Com um corpo que funciona no outro sentido. Um corpo novo entra em jogo, no gasto da actuação. Um corpo novo? Ou uma outra economia do mesmo? Não se sabe ainda. Seria preciso abrir. Quando ele está a actuar.” Valère Novarina
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Favourite things
"Quiosque do Refresco – Resultado da colaboração com a Sabores de Santa Clara, e com rótulos assinados por Ricardo Mealha, os xaropes de Capilé e Groselha são uma das bebidas favoritas dos lisboetas. Sendo os únicos xaropes nacionais produzidos apenas com ingredientes naturais, sem corantes ou aromas artificiais, as bebidas do Quiosque do Refresco são perfeitas para refrescar nos dias mais quentes." Por Álvaro Tavares Ramos.
Salão festivo
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
A semana em sopas
domingo, 16 de dezembro de 2012
White Christmas
sábado, 15 de dezembro de 2012
A lente do cliente
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Domingo perfeito
A partir das 20h00 serve-se um aperitivo (no valor de €6.00) e ganha-se direito a ver gratuitamente um filme italiano contemporâneo, projectado a partir das 21h00. O quiosque associa-se ao espírito "dolce vita", toca música italiana entre as 18h00 e as 19h00, e oferece duas entradas a dois felizes contemplados. É mais uma "Domenica al Cinema" no Bairro Alto, dia que tem tudo para ser perfeito, como diz o título do filme.
É Natal num Quiosque perto de si!
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Querido Pai Natal...
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Xarope de Refresco em Londres
"A Vida Portuguesa" de Catarina Portas foi uma das lojas de todo o mundo convidadas pela revista "Monocle" para a sua Feira de Natal em Londres, hoje e amanhã.
Não é a primeira vez que a "Monocle" faz referência a Catarina Portas e à "A Vida Portuguesa", mas é uma estreia da sua loja nas Feiras de Natal da revista. Que produtos vai levar?
Pediram-nos produtos alimentares e outros que simbolizassem Portugal. levamos os três novos sabores dos xaropes do Quiosque de Refresco e a nova edição de Chocolates para Turistas" da Regina, que não fazia estes chocolates desde 1930. E, curiosamente, fui eu quem lhes levou os rótulos originais, porque quando a Imperial comprou a Regina não ficou com o arquivo. Um dos rótulos, comprei-o na Feira da Ladra, outro tinha-o a historiadora Marina Tavares Dias. É também o primeiro produto deles que não irá para as grandes superfícies, sendo apenas vendido em lojas gourmet, pastelarias e confeitarias. Ao todo, levo 150 quilos, entre mantas alentejanas, cabazes de Natal, andorinhas Bordalo Pinheiro, cadernos Emílio Braga...
Sente-se embaixadora do seu país quando está em eventos no estrangeiro a vender produtos de A Vida Portuguesa?
Sim, claro. Mas também confirmei um feeling, que estes produtos não funcionavam apenas por saudade - quando vejo os estrangeiros terem exatamente a mesma reação que nós."
Katya Delimbeuf. Revista do Expresso, 1 de Dezembro 2012.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Gorreana, Tangerina e Erva-Príncipe para Londres
Catarina Portas partiu para Londres e levou na bagagem chocolates da Regina com imagens da Costa do Sol e xaropes de tangerina, erva-príncipe e chá verde Gorreana – os novos produtos que A Vida Portuguesa está a lançar vão representar a loja no mercado de Natal da revista Monocle.
O mercado realiza-se na Midori House (1 Dorset Street, Marylebourne), nos dias 1 e 2 de Dezembro (entre as 11 h e as 17h), na capital britânica – e A Vida Portuguesa está entre 15 lojas de todo o mundo convidadas pela Monocle, uma revista sobre estilo de vida, cidades, e o soft power dos países.
A loja está desde há bastante tempo entre as preferências da revista que, em 2009, distinguiu Catarina Portas como uma de 25 personalidades que mereciam “um palco maior”. O projecto foi também referido no número que a revista dedicou à Lusofonia, no qual defendia a ideia de que o português é “a nova língua do poder e dos negócios”.
Aproveitando a oportunidade de, durante um fim-de-semana, estar em Londres, Catarina Portas vai apresentar estes dois novos produtos. Os xaropes são três sabores diferentes que se somam aos que já existiam, de groselha e capilé." Alexandra Prado Coelho, P3, jornal Público.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Centochiodi
Mais um domingo de cinema no Bairro Italiano em que se torna o Teatro da Luz Soriano, já depois de amanhã. A partir das 20h00 serve-se um aperitivo com música, pela módica quantia de €6.00, e ganha-se direito a ver gratuitamente um filme it
aliano contemporâneo, projectado a partir das 21h00. À semelhança da semana passada, o Quiosque de Refresco oferece duas entradas, basta aparecer e habilitar-se a ser um dos felizes contemplados. O filme exibido desta vez é "Centochiodi", o último realizado por Ermanno Olmi, onde se questiona o papel da literatura e da religião.
"Um jovem professor de filosofia das religiões na Universidade de Bolonha conduz as suas investigações numa antiga biblioteca cheia de manuscritos e textos teológicos. Uma estranha descoberta leva-o a abandonar tudo e a recomeçar uma nova vida nas tranquilas margens do rio Pó, onde renasce para uma sincera vida rural, até ao momento em que..." Mais informação aqui.
Lisboa Mistura
Programa que arranca com Kalaf, que estará às 19h00 no Jardim de Inverno do São Luiz para uma "Conversa Intercultural" a propósito da instalação multimédia "Domingo", da sua autoria, e que será apresentada às 20h00. "Viver bem poderia significar não estar preso a nada, a ninguém. Nem a pontos geográficos, nem àquilo que acreditamos não poder viver sem, para que se depure o gosto pelas coisas insignificantes mas que fazem sempre valer a pena o regresso."
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Que grande xarope!
"E não é só um: são três, os novos sabores do Quiosque de Refresco.
Depois da Groselha (nome por que tratam carinhosamente Catarina Portas) e do Capilé (petit nom do seu sócio João Regal), agora os Quiosques de Refresco lançaram a tangerina, a erva-príncipe e o chá Gorreana. Três novos sabores, cada um com passagem para uma viagem: um pelas terras de Tânger (de onde no século XV partiram para Inglaterra "laranjas, pequeninas e muito doces" rapidamente batiz
adas tanger+inas; outro pelo Sul da Índia, de onde um dia chegou a erva-príncipe que a seu bel-prazer se pôs a crescer por essa Europa fora; e o último pela ilha de S. Miguel, que a meio do Atlântico alberga a "mais antiga e muito rara plantação de chá europeia".
Os três xaropes acabaram de chegar aos Quiosques de Refresco, em Lisboa. No Largo de Camões, Príncipe Real, ou na Praça das Flores, já podem ser provados diluídos em água e servidos frescos (eventualmente com uma rodela de limão). também lá estão á venda as garrafas de 700ml, com rótulo onde o ilustrador Lapin se autorretrata sempre com um chapéu na cabeça.
Tal como o sabor a groselha e a capilé, também estes são xaropes sem corantes nem conservantes. E cada um tem o seu segredo: groselha também se usa como calda para gelados ou panquecas; tangerina em cocktails, doces ou carnes; e a erva-príncipe tem propriedades cardiotónicas, digestivas e antidepressivas. Verdadeiros xaropes que, daqui a nada, chegarão ao resto do País e mais além." Inês Rapazote, revista Visão.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Novos Xaropes
Os nossos clientes mais atentos já repararam que começámos a servir recentemente, como teste ao lançamento nacional em garrafa, três novos sabores de Xarope de Refresco, que vêm juntar-se aos casos de sucesso que a Groselha e o Capilé provaram ser. A família alarga-se mesmo a tempo do Natal, para fazer a delícia de várias gerações reunidas à volta da árvore como do quiosque, e é com o maior dos gostos que vos apresentamos os Xaropes de Tangerina, Erva Príncipe e Chá Verde Gorreana.
XAROPE DE CHÁ VERDE GORREANA | Desde o séc. XIX, cresce em pleno atlântico, na ilha de são miguel, a mais antiga e muito rara plantação de chá europeia. Graças ao clima caprichoso da ilha, o afamado chá verde da gorreana dispensa pesticidas, sendo riquíssimo em polifenóis, antioxidantes naturais. com as suas folhas elaborámos este xarope para preparar um estimulante chá gelado num ápice.
XAROPE DE ERVA PRÍNCIPE | Cresce a seu bel-prazer na Europa, a exótica erva-príncipe que um dia chegou ao sul da Índia. Com esta planta aromática, de propriedades cardiotónicas, digestivas e antidepressivas, preparámos um xarope de sabor muito fresco e alimonado para descobrir e não mais esquecer.
XAROPE DE TANGERINA | Conta-se que as primeiras destas laranjas, pequeninas e muito doces, oriundas da cidade marroquina de Tânger, foram baptizadas tangerinas à sua chegada a Inglaterra, em 1841. Portugal, aliás, gosta tanto deste fruto que o seu nome é sinónimo deste fruto em vários países. Abundante em antioxidantes naturais, este xarope de tangerina utiliza-se em sumos, cocktails e doces deliciosos.
Este Natal e fim de ano, como dizia o Eça, "e vai de refresco!"
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Encontro com o encenador
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
O creme dos dias
Segunda-feira: Abóbora com laranja | Terça-feira: Couve Flor com Hortelã | Quarta-feira: Ervilhas com Coentros | Quinta-feira: Feijão Branco com Repolho | Sexta-feira: Courgete com Queijo.
Foto de Bruno Simão.
domingo, 18 de novembro de 2012
O desassossego na televisão
sábado, 17 de novembro de 2012
Bairro italiano
"Os cine jornais italianos Mondo Libero e os materiais recuperados na Checoslováquia, Inglaterra e União Soviética são para Pasolini o impulso para uma análise lírica e polémica dos fenómenos e dos conflitos sociais e políticos do mundo moderno, da Guerra Fria ao milagre económico." Mais informação aqui.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
No início do desassossego
Lisboa acordou num desassossego para celebrar Saramago. E nós também. Hoje, quem vem tomar café aos nossos quiosques leva um brinde literário: um excerto do livro de José Saramago "O Ano da Morte de Ricardo Reis". Aqui, o Príncipe Real e o Largo Camões pelos olhos da personagem principal. Comemoramos os 90 anos sobre o nascimento do nobel da literatura, é "Dia do Desassossego".
"El Largo (Luís de Camões) es un sitio FUNDAMENTAL en el Día del Desasosiego", entusiasmou-se Pilar del Rio quando lhe falámos do nosso interesse em integrar as comemorações dos 90 anos de José Saramago. "En esa plaza Ricado Reis y Marcenda se besan". E que os apaixonados de Lisboa voltem a beijar-se aqui hoje, é o que lhes desejamos.
A Dança de Strindberg
"No princípio de tudo, e invertendo raciocínios, houve a vontade de trabalhar com Miguel Guilherme. Como se só depois do sim do actor o resto fizesse sentido e as outras escolhas também fossem naturais: Isabel Abreu para Alice e Sérgio Prai a para Kurt. Um triângulo claustrofóbico que o encenador transpõe para o palco como uma sala com grades onde normalmente estão paredes, e onde o único meio de comunicação para o exterior é um telégrafo e não um telefone, para impedir que outros escutem as conversas. É neste ambiente de desconfiança e paranóia que se desenrola o diálogo entre as três personagens, que só raramente estão juntas em palco. O triângulo só se fecha porque a relação se revela nos diálogos a dois. E a sua revelação é a destruição." Ana Dias Cordeiro, ípsilon
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Páginas tantas
"Aqui o mar acaba e a terra principia. Chove sobre a cidade pálida, as águas do rio correm turvas de barro, há cheia nas lezírias. Um barco escuro sobe o fluxo soturno, é o Highland Brigade que vem atracar ao cais de Alcântara." Assim descreve Ricardo Reis o regresso a "Lisboa, Lisbon, Lisbonne, Lissabon, quatro diferentes maneiras de enunciar, fora as intermédia e imprecisas, assim ficam os meninos a saber o que antes ignoravam". Saramago há-de levá-lo a percorrer as colinas da cidade e, páginas tantas, chegar ao Camões. E, como nos lembrou Pilar del Rio por estes dias, é "en esa plaza Ricado Reis y Marcenda se besan". Logo, esta praça e nós teríamos que nos associar à comemoração dos 90 anos que o escritor faria se fosse vivo. Amanhã, com o café vamos distribuir excertos deste livro, venham descobrir que linhas da fortuna vos calham em sorte.
O nobel da literatura português em capas de livro por esse mundo fora. Com que línguas se escreve "O Ano da Morte de Ricardo Reis"?
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Bela de Neve Borralheira
Daí resulta um novo/velho conto de fadas, com humor, poesia e melancolia, de onde as personagens da nossa pequenez emergem mais humanas no seu desencantamento e mais infantis nas suas contradições. Personagens mais divididas entre o amor e o ódio, entre o sonho e o real. Para ver no Teatro do Bairro (Rua Luz Soriano 63, Bairro Alto Lisboa), até 30 de Dezembro. De Quarta a sábado às 21h00, domingo às 17H00. A "Bela Adormecida" estreia hoje.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Passagens por um livro
Para reconstruir Lisboa
quando o acabei decidi que tinha que vir a Lisboa, não tanto para conhecer o autor, mas a cidade que se descrevia (... estávamos no ano de 1986, era 14 de Junho, vim a Lisboa porque queria conhecer a cidade, que tinha encontrado no livro e que me parecia belíssima. (...)
José Donoso (o escritor chileno, e eu concordo com ele) escreveu assim mais tarde: se Lisboa e Dublin fossem destruídas, poderiam ser reconstruídas com o espírito que habita "Ulisses" de Joyce e "O Ano da Morte" de José Saramago."
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
O menú da semana
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Dos perigos de pensar o teatro
Os quiosqueiros já foram ver e recomendam a peça "Os Desastres do Amor", que a Cornucópia tem actualmente em cena. É de resto a última programada pela companhia, uma vez que os apoios para 2013 não estão garantidos - e logo, mais uma razão
para irmos ao teatro, como forma de apoio às artes. O que só se torna um gosto ainda maior diante de um elenco notável, uma encenação audaz e um texto inteligente - que também é um puzzle bem montado de excertos de textos de Pierre de Marivaux, permeado por uma fina camada de ironia, qual fio condutor.
A Verdade, a Felicidade, o Amor, a Virtude e o Escrúpulo encontram-se num jogo que também envolve deuses do Olimpo e comuns mortais. Como quem procura o equilíbrio num limbo entre o bailarico popular e o hotel de luxo, como quem diverte e quem questiona. E isto continua a ser um perigo.
Teatro da Cornucópia: Rua Tenente Raúl Cascais, 1-A em Lisboa. De terça a sábado às 21h00 e domingo às 16h00, até 25 de Novembro.
"O Teatro da Cornucópia regressa ao tons de comédia com ‘Os Desastres do Amor’, espectáculo que Luís Miguel Cintra concebeu a partir de vários textos de Marivaux (1688-1763) e que se oferece ao espectador como um delicioso mergulho no mundo dos deuses, da luta entre o Bem e o Mal, do confronto entre as virtudes e os defeitos humanos. Mas este é também um espectáculo em que se repensa o amor e a fo
rma como a moral vigente condiciona a felicidade individual." Ana Maria Ribeiro, in Correio da Manhã
"Costumamos ir à Cornucópia para ver espectáculos maximizados para a metafísica e podemos convencer-nos que, desta vez, temos uma festa de possibilidades em torno do tema doce do amor. Só que, bem vistas as coisas, sair dali a pensar que Cintra cumpre a sua palavra de nos falar de outra coisa que não seja a crise, será a crise da própria compreensão. Tudo aquilo que nos é dado a ver é a paisagem da crise antes da crise, sob a crise, fundamento da crise, a crise da nossa ligação ao mundo. A crise da autenticidade, que levará sempre à crise da cidade."
Porfírio Silva, in Machina Speculatrix
"O que quer que seja que aí venha, para Luís Miguel Cintra, como para Marivaux no século XVII, importa ler, revelar, acreditar de novo num "delicado prazer de descobrir os meandros da alma humana, um tal prazer e tudo entender, que dá a volta, e volta a trazer ao teatro a alegria". (...)
Teatro de inconformado, portanto, mais do que inconformista, este Os Desastres do Amor. Peça feita de escolhos, de coisas que ficam, das representações pagãs de Pasolini, dos quadros com corpos assustados de Fragonard, com músicas que cruzam o sentimentalismo de Nino Rota com a anestesia da música brasileira. Peça feita com amigos porque "há ainda espaços de trabalho em que isso existe e muitos mais existiriam se a burocracia, que não sabe o que é a felicidade nem o prazer, não os fosse matando até morrer ela de vaidade, agarrada ao que não levará consigo". Peça feita para amigos, que é o que se chama a quem quiser recusar uma relação com o teatro igual à da televisão, "normalizada, banal, europeizada".
(...) Mas o que assalta Cintra, nesta peça que é um ponto da situação da "consequência do esvaziamento" que hoje vivemos, é o mesmo que levou Marivaux a estes textos tão perturbadores: "Nós, a quem o universo agitado desde há muito devia ter transmitido uma experiência tão vasta e tão profunda, que uso fizemos dessa prodigiosa colecção de ideias que, no seu entender, partilhámos por herança?"E, por isso, quando nos fala de Os Desastres do Amor, Cintra começa sempre as suas frases com intenções: "eu desejo", "eu procurei", "hoje, acho". Repare-se na última palavra usada por Cintra na peça: "Fuck." Como Kubrick, em De Olhos bem Fechados, coincidência dir-nos-á o encenador, como se a palavra, uma "marivaudage", ficasse entre grito de resistência e desabafo sentido. "Acredito que o futuro não será só barbárie. Mas a Cultura ajudará a que nós disso tenhamos consciência", escreve o encenador. Se isto não é um manifesto de uma alma nova, não andará longe." Tiago Bartolomeu Costa in Público
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Strindberg em Lisboa
Dança da Morte fala-nos de nós, da crise do íntimo e do jogo perigoso que consiste em procurar no outro a culpa das nossas escolhas e falhanços individuais. Retrato diabólico e desolado da vida de um casal, fechado no espaço claustrofóbico de uma sala e isolado do mundo, fala-nos de identidade e de carácter, desse jogo infinito entre o medo e o desejo. Miguel Guilherme, Isabel Abreu e Sérgio Praia defrontam-se numa releitura intensamente realista e psicológica deste drama íntimo, um texto fundador da dramaturgia contemporânea que marca o regresso de Marco Martins ao palco do São Luiz.
De quarta a sábado às 21h00 e domingo às 17h30. Até 17 de Novembro.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Abóbora laranja
Segunda-feira: Abóbora com Laranja | Terça-feira: Couve Flor com Hortelã | Quarta-feira: Ervilhas com Coentros | Quinta-feira: Feijão Branco com Repolho | Sexta-feira: Courgete com Queijo.
Foto gentilmente cedida por Monte do Laranjal.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Fortuna no teatro
Amor na vizinhança, pela vizinhança, para a vizinhança. Já em cena, até dia 25 de Novembro, OS DESASTRES DO AMOR Ou FORTUNA PALACE (uma adaptação e colagem de peças em um acto ou diálogos de Pierre de Marivaux), pelo Teatro da Cornucópia. De terça a sábado às 21h00 e domingo às 16h00.
"Felícia, uma viúva elegante e bem posta, madura e bem conservada, passa férias no Fortuna Palace, hotel de que é dona uma fada sua madrinha. Felícia quer ser feliz, honesta, e ao mesmo tempo encontrar o novo partido que resolva a sua situação económica. A madrinha, prepara-lhe uma lição dolorosa que lhe mostrará como é o mundo, coisa que ela parece desconhecer. Cruzar-se-á com o deus Amor e com várias personagens daquele micro-mundo de ricos e parasitas que brincam aos deuses do Olimpo. Chega a haver vítimas: a Modéstia e o pobre “escort” de luxo a quem chamam Apolo, deus das Artes são assassinados. Felícia aprende a resignar-se à desilusão. O amor não tem lugar naquele Fortuna Palace. É uma comédia que pareceria dos nossos dias se eles tivessem tempo e espaço para pensar nestas coisas."
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Sopas em trânsito
sábado, 27 de outubro de 2012
Conversa rente ao escritor
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Crónicas para beber
A bebida, uma das preferidas no Magrebe, dá o nome ao mais recente livro de José Rentes de Carvalho (Vila Nova de Gaia, 1930) publicado em Portugal, um conjunto de "recordações e outras fantasias" em formato de crónica, metade das quais epistolares, ao longo do qual o escritor expõe ideias e faz confissões, numa conversa onde quase se consegue escutar a respiração de quem as lê.
De preferência na companhia de um mazagran: "um copo grande cheio até mais de um terço com café forte, um volume igual de água gasosa, muito açúcar, uma rodela de limão", e "quando o Profeta abranda a sua vigilância junta-se-lhe um cálice de conhaque"."
Da recensão de Isabel Lucas no ípsilon de sexta-feira passada. A crítica literária estará no Quiosque de Refresco do Príncipe Real, com o colega João Bonifácio, para apresentar o último livro de José Rentes de Carvalho. No sábado, às 16h00.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
O Variações da escrita
José Rentes de Carvalho nasceu em 1930, em Vila Nova de Gaia, onde viveu até 1945. Obrigado a abandonar o país por motivos políticos, viveu no Rio de Janeiro, em São Paulo, Nova Iorque e Paris.
Em 1956 passou a viver em Amesterdão, na Holanda, como assessor do adido comercial da Embaixada do Brasil. Licenciou-se (com uma tese sobre Raul Brandão) na Universidade de Amesterdão, onde foi docente de Literatura Portuguesa entre 1964 e 1988.
Em 2012 foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura Biográfica APE/Câmara Municipal de Castelo Branco 2010-2011 com o livro "Tempo Contado."
«Uma das maiores surpresas literárias recentes.»
Filipa Melo, Sol
«Uma escrita que pede meças aos grandes mestres da nossa língua e atinge por vezes a qualidade narrativa dos grandes escritores» António-Pedro Vasconcelos
“Mesmo quando não se trata de um romance, registo em que o autor é magistral, o melhor de um livro de Rentes de Carvalho é tudo. A escrita elegante, a bagagem lexical digna de um Aquilino em trânsito pela cidade ou a semântica com sentidos que se estendem para lá do óbvio. E depois há a ironia, o humor refinado, o tom tão cosmopolita quanto telúrico, provável eco da constante divisão do autor entre Trás-os-Montes e a Holanda. Esse eco, de certo modo, faz de Rentes de Carvalho um António Variações das letras – com Braga em Estevais de Mogadouro e Nova Iorque em Amesterdão –, capaz dos parágrafos mais elaborados mas com a exuberância disfarçada de contenção, como quem se limita a estar à conversa numa mesa de café, esbanjando elegância e cultura em doses generosas e discretas.” Sara Figueiredo Costa, Time Out.
Rosa sobre quiosque... rosa