sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Outono nos quiosques

As árvores em torno dos nossos quiosques vestem-se de tons outonais enquanto provamos empadas de sabores surpreendentes e preparamos o menú das sopas, que regressam já na próxima semana. Acreditem que dá gosto ver passar as estações por aqui.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

"Projectos como autocarros-bicicleta ou o retorno dos pregões vão a votos"

Os cidadãos estão a ser chamados a escolher entre 231 ideias para pôr em prática em Lisboa. Há de tudo, de espaços verdes a painéis com a agenda da cidade. Pelo caminho ficaram projectos algo sui generis.

Já imaginou o passeio em frente à Casa-Museu de Amália com a assinatura da fadista em calçada portuguesa cor-de-rosa? Ou um hotel feito de tubos de cimento, geralmente usados para esgotos? E que tal deslocar-se, em passeio ou para o trabalho, num autocarro-bicicleta, com vários lugares e um condutor? Umas mais estranhas, outras nem tanto, estas e muitas outras ideias estão a votos para se apurar quais aquelas que os lisboetas querem ver sair do papel.

A votação da 5.ª Edição do Orçamento Participativo de Lisboa, a decorrer até 31 de Outubro, depende apenas de um simples registo que pode ser feito através da conta do Facebook ou submissão do email pessoal. A escolha está aberta a qualquer pessoa, seja ou não habitante de Lisboa, e servirá para decidir quais os projectos que deverão constar como prioridade para a cidade.

Um dos projectos é um painelgigante que funcione como agenda digital, onde possa aceder, gratuitamente, a todas as iniciativas sociais, culturais e eventos que a capital tem para oferecer. Mas há mais.

Há quem defenda que o comércio da Baixa e da zona histórica da cidade deve incentivar o regresso dos característicos pregões de Lisboa. Outros consideram que a prioridade é revitalizar antigas barbearias da cidade. Há propostas para todos os gostos e que apresentam uma variedade que vai desde a criação de um mercado biológico, passando pela reabilitação de espaços verdes até à aposta na proliferação de pontos wi-fi em miradouros, praças, escolas e edifícios municipais, para incentivar a criação de novas aplicações por empresas portuguesas.

Entre as centenas de propostas que chegaram à câmara, apenas 231 foram aprovadas para serem sujeitas à votação dos cidadãos. Pelo caminho ficaram algumas propostas arrojadas, que foram recusadas.

Contentores para sestas. Houve quem propusesse declarar Lisboa "Capital europeia do sol". E apareceu quem defendesse que aquilo que os lisboetas precisam é de partilhar o que sentem e por isso sugeriam espalhar confessionários em largos e praças da cidade. Na área de mobilidade, caiu um pedido para a construção de um teleférico que ligasse o Jardim da Estrela à Escola Politécnica, ao Hospital dos Capuchos e à Graça. Um cidadão propôs cobrir toda a zona ribeirinha do Tejo com um extenso jardim, de quilómetros e quilómetros, a acompanhar o rio e a terminar em Oeiras. Um outro menos ambicioso apenas propunha coimas a quem atira lixo para o chão... do que se depreende ser a casa do requerente. Havia reclamações contra quem alimenta os pombos e até contra bancos de rua específicos que dão assento a "presenças dispensáveis". E como pedir não custa, houve quem sugerisse que o orçamento contemplasse "habitação para os funcionários da câmara que vivem fora do centro de Lisboa".

E já que se fala em arriscar, por que não "pintar os edifícios do Intendente de cor-de-rosa, no seu exterior e interior"? Uma outra proposta aconselhava à completa cobertura da Rua Augusta, à semelhança da famosa Galeria Vittorio Emanuele, em Milão, Itália. E se há quem queria cobrir a Rua Augusta, há também quem quisesse "cobrir os turistas" abrindo um concurso para a criação de chapéus de Verão e capas de Inverno, a serem usadas pelos turistas na sua visita à cidade. Para os turistas, foi também sugerido o projecto Homefood em que os lisboetas abririam as suas casas a turistas para a degustação de refeições tipicamente portuguesas, sendo que as famílias que acolhessem os turistas seriam financiadas pelo orçamento. Talvez a proposta mais zen fosse a que defendia a colocação de contentores em jardins públicos, onde fosse possível fazer uma sesta sem ser incomodado.

Concorde-se ou não, tais ideias ficaram excluídas. Mas ainda restam muitas para escolher. O voto pode ser feito através de um simples registo no site Lisboa Participa. Graça Fonseca, vereadora, afirma que, desde 2008, "a participação dos lisboetas aumentou 16 vezes".

O orçamento para este ano é de 2,5 milhões de euros, um valor inferior aos anos anteriores, que se dividirá em 1 milhão de euros para os projectos inferiores a 150 mil euros, sendo a restante aplicada em projectos com orçamento previsto acima dos 150 mil e até 500 mil euros. A cada cidadão estão reservados dois votos, um por cada grupo de projectos.

A divisão, novidade desta edição, visa atenuar a tendência de "uma elevada predominância, entre os projectos vencedores, de propostas de elevada complexidade infra-estrutural com custos de investimento elevados, o que resulta, na prática, num número reduzido de projectos vencedores e numa elevada concentração de intervenções", explica a vereadora página da iniciativa.

A única edição que já concluiu a execução de todos os projectos apresentados foi a primeira, em 2008, num total de cinco projectos. A segunda edição do Orçamento Participativo aprovou 12 projectos, dos quais apenas metade se encontram concluídos e o segundo projecto mais votado (Projecto Centro Cultural de Base Local, a ser construído no antigo edifício do cinema Europa) não chegou sequer a ser iniciado, estando a câmara, três anos depois, "a aguardar uma proposta do proprietário". Em lista de espera para conclusão estão os sete projectos apresentados na edição de 2010/2011 e na última edição, 2011/2012."

Por Liliana Pascoal Borges Na edição do PÚBLICO de ontem

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O bom sabor dos velhos tempos

Quando José Maria Macieira mandou o filho José Guilherme estudar para a cidade francesa de Cognac, não podia imaginar o que o futuro lhe reservava. No regresso a casa, o rebento trazia o conhecimento e a vontade de desenvolver um brandy português e de o comercializar através da empresa paterna fundada em 1865 para se especializar em álcool, azeite e vinagre.

Depois de seleccionadas as melhores uvas nacionais (das castas Arinto, Periquita, Trincadeira e Fernão Pires) foi desenvolvida uma receita que continua inalterada para cima de 125 anos mais tarde. O resultado final é de um aroma e sabor únicos, subtil e refinado, com um envelhecimento mínimo de seis meses em cascos de carvalho para uma graduação alcoólica de 36º.

Com uma qualidade reconhecida no mundo inteiro (o brandy Macieira foi o eleito para preencher as privações de stock decorrentes da Segunda Guerra Mundial), a marca continua a exportar para mais de 30 destinos internacionais. José Guilherme havia de ser agraciado com a Legião de Honra francesa e, entre nós, Fernando Pessoa não passava sem o seu cheirinho. Tudo leva a crer que tenha entranhado sem estranhar.

Hoje, a partir das 19h00, na compra de um café desfrute de um Macieira e de um pastel de nata em tamanho miniatura. Porque o brandy português nunca saiu de moda, é com ele que celebramos a Vogue Fashion Night Out 2012.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Sempre na moda

"Um café, uma Macieira e um pastel de nata, por favor!" O Quiosque de Refresco e a Macieira associam-se à Vogue Fashion Night Out, que decorre já amanhã, dia 13 de Setembro, entre as 19h e as 23h00. Assim sendo, quem comprar um café, tem direito a um copo de shot de Macieira e um pastel de nata miniatura (entre as horas estipuladas e numa oferta limitada ao stock existente). Macieira, como apregoava a publicidade de outros tempos, "o brandy velho, quente e rico, destilado de vinhos especialmente escolhidos. Envelhecido em cascos de carvalho, com os mesmos cuidados, desde 1885." Porque há coisas que nunca saem de moda...

terça-feira, 11 de setembro de 2012