sábado, 28 de dezembro de 2013
2013 em revista
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Petiscar e quioscar
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Where Lisbon's past embraces the present
"Forget time and embrace the adventure: discover ancient shops, seemingly unknown monuments and the secrets of Lisbon past and present. The stylish district of Chiado - Lisbon's commercial and cultural heart - is the place to go for both contemporary and old-style shopping, casual sightseeing or to rub shoulders with elegant locals.
We recommend
The delightfully restaured Quiosques de Refresco (Refreshment Kiosks) located in Largo do Camões, Príncipe Real Gardens and Praça das Flores." Ritz Guide
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Festas doces e xaroposas
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Jantar de equipa
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Natal ZDB
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Especiarias natalícias
Não é só para o Natal, é para o Inverno inteiro, mas é verdade que esta época de generosidade se torna mais apetecível com o doce sabor das especiarias no nosso VINHO QUENTE.
Por isso, os sabores que mais lembram a Catarina Portas esta quadra festiva são os do "vinho quente e reconfortante do Quiosque de Refresco."
in LUXO Flash!
Novembro|Dezembro 2013
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
A semana das sopas
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
O negócio dos quiosques vai crescer em 2014
Fez chapéus, foi jornalista durante quase 20 anos - começou aos 19 anos -, passou pelas rádios jornais e televisões, mas, em 2004, lançou-se no mundo dos negócios. Catarina Portas criou uma das marcas mais reconhecidas no contexto das PME: a Vida Portuguesa, que se dedica a vender produtos nacionais antigos. Mais tarde virou-se para os quiosques tradicionais de Lisboa. Recuperou os quiosques e as receitas das bebidas de época que lá se vendem. Em Dezembro de 2009, foi escolhida pela revista britânica Monocle, um dos 20 nomes, a nível mundial, que merecem um palco maior e, um ano mais tarde, integrou a lista de talentos globais que ditam as tendências do futuro da revista Wallpaper. É também irmã do vice-primeiro-ministro Paulo Portas.
Esta sexta-feira foi dia de festa do lançamento da loja A Vida Portuguesa, no Intendente, com uma área de 500 m2. Qual foi o investimento e quantos empregos criou?
Primeiro, é uma aventura, nesta altura, neste contexto e nesta zona da cidade. Não era previsível que uma loja deste tamanho e desta envergadura nascesse, talvez por isso me tenha dado tanto gozo fazê-la. Mas sim, isto significa para A Vida Portuguesa e para mim, um encadeamento lógico, porque estamos a vender mais marcas. Agora estamos a ir para a área de casa. Sempre me pareceu que esse seria o caminho. Aumentámos bastante a equipa, temos, neste momento, mais nove pessoas.
Quantas pessoas tem a equipa?
Se contarmos com a loja do Porto, que é uma sociedade com a Ach Brito, no mês passado, paguei 26 salários d’A Vida Portuguesa.
Qual foi o investimento na loja do Intendente?
Cerca de 130 mil euros.
Beneficiou de apoios do Estado?
Zero. Aliás, porque estou a operar na área de Lisboa, que não é abrangida pelos QREN, não tenho esse tipo de apoios. Consigo entender a lógica desse dinheiro, mas, às vezes, as lógicas que entendemos na teoria, nem sempre se aplicam na prática. Ou seja, é muito mais fácil se quiser desenvolver um projeto numa aldeia onde vivem dez pessoas. Tenho acesso a imenso dinheiro. Mas, se estiver em Lisboa, onde estão os clientes, e quiser vender produtos dessas aldeias, tenho direito a zero.
Apesar do potencial de negócio ser maior.
Exatamente. Trabalho com empresas do país inteiro, do norte ao sul do país, inclusive nas ilhas. Temos mais de 300 fornecedores ativos n’A Vida Portuguesa. Estamos a falar de muita gente e de muitas empresas.
Nesse caso, como é que olha para o discurso político em torno da importância das PME e do empreendedorismo?
Se há dinheiro para apoiar projetos, e este é um projeto grande, eu nunca beneficiei, até hoje, de qualquer espécie de apoio. Aliás, no início, fazia mesmo questão em não ter qualquer espécie de apoio.
Porquê?
Porque acho que havia uma lógica, neste país, que é: Eu tenho uma ideia, quem é que a vai pagar? Não quis seguir essa lógica porque se uma ideia é válida, ela deve pagar-se a si própria. Mas agora, já estamos a dar um passo muito grande. Raras vezes pedi dinheiro emprestado ao banco, comecei com mil euros e tudo o que fui ganhando reinvesti. Nunca tirei dinheiro da Passos em Volta, a empresa que detém a Vida Portuguesa, a não ser aquele que meti no início.
Qual foi o investimento na loja do Intendente?
Cerca de 130 mil euros.
Beneficiou de apoios do Estado?
Zero. Aliás, porque estou a operar na área de Lisboa, que não é abrangida pelos QREN, não tenho esse tipo de apoios. Consigo entender a lógica desse dinheiro, mas, às vezes, as lógicas que entendemos na teoria, nem sempre se aplicam na prática. Ou seja, é muito mais fácil se quiser desenvolver um projeto numa aldeia onde vivem dez pessoas. Tenho acesso a imenso dinheiro. Mas, se estiver em Lisboa, onde estão os clientes, e quiser vender produtos dessas aldeias, tenho direito a zero.
Apesar do potencial de negócio ser maior.
Exatamente. Trabalho com empresas do país inteiro, do norte ao sul do país, inclusive nas ilhas. Temos mais de 300 fornecedores ativos n’A Vida Portuguesa. Estamos a falar de muita gente e de muitas empresas.
Nesse caso, como é que olha para o discurso político em torno da importância das PME e do empreendedorismo?
Se há dinheiro para apoiar projetos, e este é um projeto grande, eu nunca beneficiei, até hoje, de qualquer espécie de apoio. Aliás, no início, fazia mesmo questão em não ter qualquer espécie de apoio.
Porquê?
Porque acho que havia uma lógica, neste país, que é: Eu tenho uma ideia, quem é que a vai pagar? Não quis seguir essa lógica porque se uma ideia é válida, ela deve pagar-se a si própria. Mas agora, já estamos a dar um passo muito grande. Raras vezes pedi dinheiro emprestado ao banco, comecei com mil euros e tudo o que fui ganhando reinvesti. Nunca tirei dinheiro da Passos em Volta, a empresa que detém A Vida Portuguesa, a não ser aquele que meti no início.
E não tem dívidas à banca?
Agora tenho, recorri a um empréstimo pequeno, para PME, para ajudar nesta loja. Tenho tentado endividar-me o menos possível. Prefiro crescer devagar, mas de forma segura.
Essa não é a lógica seguida pela maior parte das PME portuguesas?
Sim. Tenho alguma vantagem, é que comecei completamente inocente. Inocente e ingénua. Se calhar, até não estava preparada. A minha lógica sempre foi: este é o meu problema, como é que vou resolvê-lo, e tentar pensar as coisas com bom senso, alguma criatividade e cuidado também. Nunca fui pelas receitas habituais, porque não as conhecia. Às tantas fui fazer um curso geral de gestão na Nova Fórum, porque queria perceber se o que estava a fazer era certo, ou errado. Descobri que não me tinha enganado muito.
No seu caso, o discurso político não teve quaisquer consequências práticas?
A nível fiscal, por exemplo, tem notado alguma mudança? Aquilo que reparo é que, apesar de faturarmos muito, ao fim do ano fica pouquíssimo. Se quisermos tratar as pessoas que trabalham connosco de forma justa, se quisermos ser absolutamente corretos, se cumprirmos todas as nossas obrigações, o mínimo que se pode fazer - não se pode exigir nada ao Estado sem cumprir escrupulosamente tudo o que há para cumprir -, de facto, não fica grande coisa. É um facto.
O pouco que fica tem aumentado ou diminuído?
Agora, também não acho que deva ganhar milhões.
Qual foi a faturação d’A Vida Portuguesa e os resultados líquidos?
Tenho várias empresas, mas entre A Vida Portuguesa, em Lisboa e Porto, faturámos acima de um milhão e trezentos mil euros. O preço médio de um produto n’A Vida Portuguesa é de 4,5 euros, um valor bastante baixo. Vendemos coisas pequeninas, portanto, é preciso vender muito para chegar a esse número.
E lucros?
Os lucros, geralmente, não chegam aos 50 mil euros.
O IRC vai baixar dois pontos percentuais para todas as empresas. No seu caso, de que forma esta redução será aproveitada?
Se reduzirem os impostos, obviamente, não é mau. O que acontece é que os lucros nunca são muitos. Mas acho que há mais problemas nas PME do que isso.
Quais?
Há um problema de concorrência, que acho que é dramático. A grande distribuição está a açambarcar posições e deveria ser muito mais investigada e sancionada pela Autoridade da Concorrência. Muitos dos meus fornecedores são fornecedores também da grande distribuição e sei pelo que estão a passar.
Está a falar da política de preços?
Estamos a falar de muita coisa mas, basicamente, temos, neste momento, uma grande distribuição alimentar dominada em 70% por duas únicas empresas. Têm um poder de vida e de morte sobre os seus fornecedores. Eu entro num Pingo Doce e olho para a prateleira dos fiambres e, onde estavam antes não sei quantas marcas, neste momento tenho oito embalagens de marca própria e depois tenho duas embalagens de Nobre, com os preços super inflacionados porque, basicamente, só lá estão para fazer vender a marca própria.
Também sente essa concorrência nos produtos que vende?
Eu, felizmente, trabalho com um universo de fornecedores muitíssimo diversificado. Mas há muitas empresas que vendem para a grande distribuição e, em muitas delas, hoje em dia, há uma enorme vontade de tentar depender o menos possível da grande distribuição, porque há um enorme medo. Em alguns casos, isso tem sido conseguido com a exportação. Há muitas empresas, em Portugal, que se estão a dedicar tão furiosamente à exportação, também porque estão demasiado dependentes da grande distribuição. Temos uma grande distribuição que não hesita em riscar uma empresa e importar. Há um fenómeno muito interessante n’A Vida Portuguesa. Não é só o que vendemos, que são, de facto, grandes quantidades, mas também aquilo que fazemos que outros vendam também. Há muitas lojas em Portugal que se inspiraram no nosso modelo, e depois há muitos estrangeiros que estão no comércio lá fora, que vão às nossas lojas, gostam desse produtos e encomendam-nos. O último caso mais espetacular foi o do diretor artístico da Christian Lacroix, que descobriu a nossa loja no Porto e de lá saiu com vários sacos de compras, levando o creme de mãos Alantoíne. Hoje em dia, o Alantoíne está à venda na concept store da Christian Lacroix, em Paris. E, segundo me confessou, há uns dias, há gente que volta à sua loja, exatamente, para comprar aquele creme de mãos.
Já disse que, no seu caso, por inocência ou não, nunca recorreu ao crédito.
Tento, aliás, também na minha vida pessoal, viver com o que tenho e só, em casos indispensáveis, é que recorro ao crédito.
Uma das soluções apontadas para as empresas se financiarem é a dispersão do capital em Bolsa. No seu caso, essa é uma hipótese viável?
Cada um sabe do seu caso. Eu, no meu caso, jamais recorreria a isso.
Porquê?
Porque eu gosto de controlar [gargalhadas].
Não é vergonha nenhuma, escusa de corar.
Gosto de controlar muito bem as coisas e, talvez por isso, também nunca tenha recorrido ao franchising, e os pedidos foram imensíssimos, tanto para Portugal como para o estrangeiro. Talvez um dia lá chegue. Mas, como até aqui, também eu estava a aprender, pareceu-me muito perigoso começar a dispersar o meu negócio por pessoas que mal conhecia. Prefiro ter poucas lojas, mas saber exatamente como elas são, fazê-las como acho que devem ser, vendendo exatamente aquilo que quero, controlar muito bem as coisas. Não tendo vindo da área da gestão, a minha defesa foi sempre saber exatamente o que estou a fazer.
E ir para fora é uma ideia que lhe passa pela cabeça?
Vendemos para algumas lojas lá fora e já fomos contactados várias vezes para isso. Acho que haveria possibilidades de fazer isso lá fora, mas isso pressupõe também dinheiro, é certo, e também prescindir de tempo na minha vida pessoal, que já não é muito, que é o que acontece aos control freaks.
As pessoas têm também, muitas vezes, uma relação emocional e cultural com os produtos que vende, portanto, o sucesso lá fora não seria tão fácil como cá.
Isso foi exatamente o que pensei no início. A primeira vez que fui à feira Maison et Object [em Paris], com o stand da Confiança, pensava que os estrangeiros não reagiriam grande coisa, que não se impressionariam com a coisa, e foi exatamente o contrário. Levava caixas de sabonetes com os rótulos originais dos anos 40 e 50 e, de facto, vendi, por exemplo para lojas como a Designers Guild, em Londres, ou como a Gorrant Shop. Foi aí que percebi que os estrangeiros reagem a isto. E esse é um facto que constato todos os dias com os turistas. Nós não exportamos no sentido em que não vendemos além fronteiras, mas nós vendemos para estrangeiros dentro do país. Os portugueses estão a comprar muitíssimo menos. Fazemos um cálculo se é dinheiro estrangeiro ou dinheiro português e, neste momento, estamos quase em 50% de capital estrangeiro.
Os empresários portugueses estão demasiado dependentes do Estado, esperam pela ajuda do Estado para desenvolverem os seus projetos?
Acho que é um bocadinho assim. Em alguns casos isso fará sentido. O Estado somos todos nós e é normal que o Estado exista para facilitar, para impulsionar e até para definir estratégias em alguns sectores.
O facto de ter investido na loja do Intendente num contexto económico difícil é a prova de que o seu negócio conseguiu resistir à crise. Já sente a recuperação da economia de que o Governo tanto fala?
Temos continuado a crescer, mesmo ao longo destes anos de crise. É uma coisa absolutamente extraordinária.
A que ritmo?
Estamos a falar de menos de 10% ao ano, mas sim, temos crescido um bocadinho. Isso tem muito a ver com o crescimento no turismo, não tem a ver com o portugueses.
Sentiu uma redução no consumo?
Claro, absolutamente! Antes, havia quem comprasse sem pensar, depois as pessoas começaram a pensar duas vezes, e acho que, neste momento, pensam sete vezes antes de comprar. No domingo passado, por exemplo, a loja no Intendente estava cheia, mas as pessoas compraram pouquíssimo. Há uma coisa muito importante que aconteceu com esta crise, e não foi só uma mensagem do governo: as pessoas começaram a ter consciência do que é o consumo e de como o consumo afeta a economia em geral, como aquilo que compram todos os dias se reflete nos resultados e na realidade económica do país. Isso também nos tem beneficiado, porque as pessoas perceberam que se comprarem produtos nacionais, em vez de estrangeiros, o dinheiro fica cá, é reinvestido, paga salários, e por aí fora.
Mas isso só acontece quando o preço é um factor que não pesa?
Obviamente que há o fator preço e há pessoas que não têm hipótese de fazer essa escolha. Mas as que têm, é muito importante que o façam, neste momento. Costumo dizer que, quando vamos votar, elegemos um governo, mas também há uma espécie de voto, todos os dias, quando vamos às compras. Estamos a votar em empresas, na forma como elas funcionam, se queremos dar o nosso dinheiro a uma empresa que paga salários em Portugal, com as regras de trabalho que nós temos, ou se queremos dar o nosso dinheiro, o nosso voto, a uma empresa que está a cilindrar toda a gente e que está no mercado com uma única preocupação, o preço.
Está a pensar em alguma?
Estou a pensar na grande distribuição. Sabe quantas histórias já ouvi, cada uma mais terrível do que a outra, de empresas que só não acabaram porque têm pessoas extremamente valentes à sua frente?!
Por pressão da grande distribuição?
A empresas da grande distribuição querem fazer uma marca própria e contactam um fornecedor, que sabe perfeitamente que no dia em que fizer a marca própria do tal supermercado, os seus produtos vão descer para a prateleira do fundo para se vender a marca própria. Ele sabe que está a contribuir para a sua desgraça, mas não tem outra hipótese. Três meses depois, a dita empresa vai ter com ele e diz-lhe: primeiro, já não estamos interessados nos seus produtos, acabou, e depois, está a ver aquela marca branca que desenvolveu para nós, agora vamos passar a produção para a Ásia, adeus e até um dia.
Confronta-se com casos destes no seu dia a dia?
Completamente. Trabalho com muitas empresas, algumas delas familiares, que vão na segunda, terceira ou quarta geração, e que têm toda uma história atrás de si, já atravessaram muitas crises. Chamo-lhes empresas valentes, por resistirem a várias dezenas de anos de convulsões políticas, económicas. Não é fácil. Elas devem concentrar-se em fazer produtos, que depois devem valorizar, que devem saber comunicar e inovar, e ir para um outro tipo de distribuição, que não a grande distribuição.
Sente a recuperação da economia nas atitudes dos seus clientes e fornecedores?
Diria que, no verão, as pessoas começaram a ficar ligeiramente mais optimistas. Mas acho que agora estão outra vez mais receosas.
Por causa do Orçamento de Estado? Sentiram novamente o peso da austeridade?
Obviamente.
Quais são os produtos mais vendidos n’A Vida Portuguesa?
O produto mais vendido, em unidades, são as pastilhas Gorila, porque custam 10 cêntimos e estão ao pé da caixa. A seguir são as sombrinhas de chocolate da Regina. Mas, depois, a área que mais vendemos é a perfumaria. Trabalhamos com várias marcas, como a Ach. Brito, que é um farol para muitas destas empresas de que falamos, percebeu muito cedo o potencial enorme do seu arquivo histórico, e tem explorado isso muitíssimo bem, está a vender para várias dezenas de países em todo o mundo. Vendemos também a Confiança, a Couto, ou a Nally. Depois, há a área alimentar, como os chocolates, da Regina, ou a Arcadia. Temos a história das andorinhas, um produto que está ligado ao nosso início, pois foi uma proposta que foi feita ainda aos anteriores donos, da Bordalo Pinheiro. Era uma peça completamente esquecida, que a Bordalo praticamente não fazia, e eu propus relançar as andorinhas. Temos promovido essa andorinha e, de facto, a Bordalo fazia dez andorinhas por ano, hoje em dia, vendemos 10 mil.
Disse, numa entrevista, que o seu intuito não é fazer dinheiro. Então, qual é o seu objetivo?
O meu intuito é fazer dinheiro sim, mas não fazer dinheiro pelo dinheiro. É fazer dinheiro para que o negócio continue a crescer e as fábricas prosperem, para que as pessoas tenham emprego, para que se exporte mais e por aí fora.
Paga bons salários?
Pelo que sei, pago acima do habitual. Atenção, porque no comércio e na restauração, em geral, não se pagam grandes salários. Mas, toda a gente está a contrato, obviamente. No caso d’A Vida Portuguesa em Lisboa, quando há margem para isso, é feita a distribuição de lucros com as pessoas que lá trabalham. As pessoas que estão n’A Vida Portuguesa não estão apenas atrás de um balcão, têm consciência de que esse balcão é uma frente avançada de toda a produção portuguesa que está atrás. Muitas vezes conhecem também os nossos fornecedores, portanto, sabem que, quando estão a vender, estão a representar muita gente, centenas ou até milhares de pessoas, que estão por trás a trabalhar, e que é graças a elas que mantém os seus empregos.
A Catarina é irmã do vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que está num campo ideológico oposto ao seu.
Pois sou, com muito orgulho!
Já teve oportunidade de falar com Paulo Portas sobre estas queixas que faz sobre a grande distribuição e a investigação que, diz, deveria ser feita?
Já, falámos muitas vezes sobre tudo isto. E muitas vezes estamos de acordo. É uma grande preocupação minha e acho que é uma também uma preocupação dele. Por exemplo, a história do Pingo Doce com o 1.o de Maio, tornou óbvio para as pessoas uma série de coisas, nomeadamente o dumping, que as cadeias não se coíbem de praticar e que são contra a lei. Isso tem dado origem a várias coisas, nomeadamente à PARCA [Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Alimentar], que pretende criar regras mais justas.
Conversa com ele sobre o Governo, o país, sobre as opções ideológicas do governo?
São conversas pessoais, de irmãos, de pessoas que gostam uma da outra, e de pessoas que se preocupam.
Dá-lhe algum conselho? Irrita-se com as opiniões dele?
Não, temos um grande sentido de humor e um imensíssimo respeito pelas nossas diferenças. Sempre tivemos, na nossa família, sempre fomos todos diferentes e sempre nos demos muito bem. Acho que isso é a coisa preciosa, para mim não há nada mais natural do que essas diferenças.
Algum conselho?
Acho que ele não precisa de conselhos, é uma pessoas com muito bom senso.
A Vida Portuguesa e os quiosques são a face mais visível da sua atividade empresarial, mas faz muitas coisas ao mesmo tempo. Foi notada no estrangeiro pela revista Monocle, que a escolheu como uma das vinte pessoas, a nível mundial, que deveria ter um palco maior. O que faria se tivesse direito a esse palco maior?
Olhe, por acaso, tenho de decidir hoje se vamos ou não à Feira de Natal da Monocle. Fomos convidados, tal como no ano passado, e foi curioso, pois eles convidaram 20 marcas e nós éramos a única que não tem loja em Londres. Já tive em conversas para abrir uma loja em Londres, mas vamos fazendo as coisas com calma.
Ainda não tem nenhum projeto nesse sentido?
Concreto, neste momento, não. Há conversas.
E se estas conversas resultarem em alguma coisa, podemos esperar alguma coisa nos próximos meses?
Não sei, o que temos de pensar é até onde é que queremos crescer, e se é isso que queremos. Eu, às vezes tenho um bocadinho de mixed feelings em relação a isso. Se há coisa que hoje em dia me enerva de uma forma louca, é este retalho obsessivo, ou seja, é encontrar as mesmas marcas em todo o lado onde vou, tanto em Portugal como no estrangeiro. As cidades começam a ficar todas iguais, hoje em dia as grandes ruas comerciais das cidades são iguais a corredores de aeroportos, é tudo igual. Temos uma loja da Mark Jacobs ao pé da nossa loja do Chiado, temos uma Mark Jacobs ao pé da loja do Porto. É um criador cujo trabalho aprecio, mas lembro-me que, há dois anos, fui a Nova Iorque e saí à rua, tinha cinco lojas Mark Jacobs à minha frente e pensei “para que é que atravessei um oceano?” Para encontrar exatamente as mesmas coisas? No ano passado, estive em Bangkok, uma cidade onde tinha ido há dez anos, onde estive uns meses, e que tinha centros comerciais fantásticos, com lojas tailandesas, cada uma mais criativa que a outra, com coisas muito bonitas, agora, a única coisa que encontrei foi Hermés, Zara, Burberry, as mesmas marcas do costume, as mesmas coisas. Estou farta! Não quero que a minha cidade seja assim, não pode ser só isto. Atenção, que ao pé disto sou um formiga, não mes estou a querer comparar, nada disso, mas quando penso em crescer, às vezes, penso em fenómenos destes.
O fenómeno pode ser visto ao contrário. Em Londres tem todas essas marcas todas, mas não A Vida Portuguesa. Não seria bom A Vida Portuguesa destoar, no bom sentido?
Tenho muito medo das coisas que crescem muito, assim como tenho medo das empresas de distribuição que tendem sempre a querer crescer mais para terem mais lucro, e que, pelo caminho, vão espezinhando mais fornecedores. Também tenho muitas dúvidas sobre lojas ou marcas que cada vez crescem mais e que, depois, nos seus sistemas de produção têm que recorrer a países de terceiro mundo, com salários miseráveis. Estive no Laos, o ano passado, é um país comunista, que está, neste momento, a entrar na Organização Mundial do Comércio, e vai ser o próximo Vietnam, vai ser o próximo Bangladesh. Olho para a vida daquelas pessoas que, por enquanto, ainda não estão escravizadas com uma máquina de costura durante dez ou doze horas por dia, com uns salários miseráveis, mas que, enfim, vão poder comprar umas televisões e ver o Big Brother, e penso é este o modelo de sociedade, é este modelo de civilização que nós temos para propor aos outros? Isto vale a pena? Acho que temos sempre que questionar tudo e pensar sobre tudo.
Em 2014, A Vida Portuguesa chegará a Londres?
Em 2014, provavelmente, não teremos A Vida Portuguesa em Londres. Gostaria de estender este modelo de Lisboa para o Porto, por exemplo. E também é provável que o negócio dos quiosques, que é um negócio muito importante para mim e que me dá uma enorme satisfação, venha a crescer. Já cresceu este ano. Desta vez, comprámos mesmo um quiosque, dos poucos quiosques privados que existiam em Lisboa. É o nosso mais novo na família, vai fazer 100 anos no próximo ano. O quiosque do Largo de São Paulo, que estava há três gerações na mesma família, quisemos comprá-lo, mas a pessoa que o tinha também o quis vender a nós, e isso deixa-me muito orgulhosa. Esse negócio sim, também, vai crescer.
Define-se como uma empresária com atitude de jornalista. O que é que isto significa?
A força que eu tenho neste negócio, em relação, por exemplo, a todas as inspirações e, em alguns casos, situações de plágio, aquilo que nos diferencia dos outros, é a pesquisa. Nunca paro de pesquisar, nunca paro de ir às fábricas, nunca paro de fazer perguntas, nunca paro de querer conhecer arquivos, de colecionar as embalagens antigas, de saber mais, de procurar mais. Essa, acho, é a nossa força em relação aos outros. E isso é uma coisa que vem, obviamente, do jornalismo.
Entrevista de Sílvia de Oliveira (Dinheiro Vivo) e Hugo Neutel (TSF).
Fotografia Gerardo santos (Global Images).
Dinheiro Vivo, 30 de Novembro de 2013.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
"Best place to grab a coffee"
E o melhor sítio para tomar café em Lisboa, de acordo com a revista MONOCLE, é o Quiosque de Refresco:
"Andar às compras em Lisboa, passeando com sacos pesados entre as suas colinas, pode ser tarefa árdua e de vez em quando é preciso parar. Para uma dose de cafeína, faça como os lisboetas e tome um café ao ar livre num dos muitos quiosques da cidade."
Largo Luiz de Camões
Jardim do Príncipe Real
Praça de São Paulo
Praça das Flores
sábado, 2 de novembro de 2013
O quiosque ConVida
Given a fresh lease of life after a new coat of paint, this is the new popular hangout. The square looks better, the pigeons have a new porch and we can all savour a capilé or xarope.
Quiosque de Refresco
Praça de São Paulo
Todos os dias / open daily 8h30-01h00"
terça-feira, 22 de outubro de 2013
São Paulo ressuscitado
QUIOSQUE DE SÃO PAULO
Praça de São Paulo
GPS/38.707760, -9.144517
Aberto domingo a quarta 08h30 à 01h00
Quinta a sábado 08h30 às 02h00
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Cremes Vegetarianos
Para sorver num ápice ou bebericar com calma, as sopas cremosas do quiosque são uma opção deliciosa e saudável para a semana inteira. E sempre com uma fatia da dourada e tradicional broa de milho. Bom apetite!
Segunda-feira: Feijão Manteiga com Batata Doce
Terça-feira: Couve Flor com Hortelã
Quarta-feira: Cenoura com Beterraba
Quinta-feira: Grão com Espinafres
Sexta-feira: Courgete com Queijo
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Pela recuperação do Jardim Botânico
Amanhã, 19 de Outubro, 16h00. Da Praça da Alegria ao Jardim do Príncipe Real. Todos à marcha de apoio ao Jardim Botânico!
Inaugurado em 1878, o Jardim Botânico celebra este ano 135 anos. No coração de Lisboa e fruto do trabalho, dedicação, carinho de milhares de homens e mulheres, viveu ao ritmo da história, mudanças e vivências da cidade. Evoluiu, resistiu e perdurou até hoje.
VOTE NO JARDIM BOTÂNICO no Orçamento Participativo OP2013: envie SMS gratuito para 4646 com a mensagem OPLX 121
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Debater os quiosques na trienal
João Regal, o arquitecto que também é metade da dupla por trás do Quiosque de Refresco (à direita na imagem), vai falar sobre o projecto que devolveu estas charmosas estruturas à cidade. O convite foi feito pela Artéria e enquadra-se na edição deste ano da Trienal de Arquitectura de Lisboa. Para analisar a forma como se pode voltar o foco para os pisos térreos da urbe, para que se desfrute daquilo que se pisa. Ou como conjugar o belo e o guloso na experiência e vivência dos espaços da rua, da praça, do jardim.
Hoje, dia 17 de Outubro, às 18h00.
Na Rua dos Douradores 220.
Estão todos convidados!
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Da representação e da poesia
Tiago Barbosa estreia-se na encenação com um solo que transpira a minúcia do trabalho de actor e as inquietações dos sonetos de uma das poetas portuguesas mais amadas (mas provavelmente também incompreendidas). As emoções mais íntimas e inomináveis, expostas de forma despojada e generosa. Ou como explica o próprio:
‘O ponto de partida para este trabalho foi os sonetos da Florbela Espanca. Até há pouco tempo, não tinha grande afinidade com a sua poesia. Tinha-a lido fortuitamente e achara-a exaltada demais, demasiado exclamativa. Os seus dramas, com todo aquele sentimento, soavam-me histéricos e melosos. Não compreendia o recurso constante a palavras grandes, como Amor, Dor, Poeta e outras – escritas assim, com maiúscula. Parecia-me também rígida demais, no apego à estrutura do soneto, com a sua música e ritmo próprios. Achava tudo muito convencional.
Entretanto, por razões profissionais, vi-me forçado a decorar um dos seus sonetos. Fi-lo a contragosto, distanciado pela impressão que trazia. Aconteceu que, à medida que ia repetindo aqueles versos em voz alta, comecei a ficar empolgado.
Em pouco tempo, fervia de exaltação. Berrava! Explodia em fúria dramática! O sangue e as vísceras da Florbela substituíam-se aos meus! Que horror! Que maravilha! Que terror! Florbela!! O chão fugia-me! E as minhas convicções estéticas? Não a soubera ler! E as implicações políticas? Seria analfabeto funcional? E só agora compreendera? Que tragédia! A Florbela!! Não a compreendera! Seria analfabeto emocional?? Li-lhe outros sonetos. Ela queria amar! Como não a ouvira a gritar-me do papel?? Porque não a ouvira?? Por razões formais??? Porque não aceitara o seu convite?? Porque não a quisera amar?? Porquê?
Deixara-a sozinha, isolada, angustiada, a cantar, ora suplicante e submissa ora feroz e revoltosa ora amorosa e subversiva ora endeusando-se como poeta, presa dentro dos seus sonetos! Ela amava, queria amar, transbordava de amor e falava, queria ser ouvida. Tentava convencer, transcendendo-se no esforço por alcançar o sublime em cada verso. E eu ignorara-a!! Só agora, passado este tempo todo, a ouvia, lhe sentia a força dos sentimentos. Rendi-me. Li-lhe mais sonetos, todos. A poesia completa. E fui à procura dela (a dos sonetos).’
A Grande Sombra Loira, a partir de hoje e até 26 de Outubro.
De quarta a sábado às 21h30. Na Zé dos Bois.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Ementa vitaminada
Segunda-feira: Feijão Branco com Repolho
Terça-feira: Cogumelos com Salsa e Aipo
Quarta-feira: Ervilhas com Coentros
Quinta-feira: Abóbora com Laranja
Sexta-feira: Alho Francês com Maçã
Bom apetite para a semana!
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
O regresso dos quiosques no 5 para a meia noite
O projecto do Quiosque de Refresco "começou com uma coisa muito simples que é eu não ter carro nem ter carta e andar muito a pé. Estava sempre a tropeçar em quiosques antigos, muito bonitos, fechados e em bastante mau estado. E, como exercício comecei a pensar em como reabri-los. Quais são os problemas, porque é que eles não estão abertos, porque é que...? Fui por aí fora e foi muito difícil mas lá arranjámos uma maneira porque os quiosques têm 3 a 4 metros quadrados... Por exemplo, eu e o meu sócio comprámos um quiosque que para o ano faz 100 anos, muito bonito, que fica ali no Largo de São Paulo, o que quer dizer que somos co-proprietários: eu tenho dois metros quadrados de uma propriedade e o João (Regal) tem os outros dois metros quadrados da mesma propriedade (risos)."
No programa 5 PARA A MEIA NOITE, Catarina Portas explicou como se perdeu uma modista de chapéus para se ganhar primeiro uma jornalista e depois a empresária da dupla por trás do Quiosque de Refresco. O programa, na íntegra, aqui.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Coisas boas do Outono:
Segunda-feira: Feijão Manteiga com Batata Doce
Terça-feira: Couve Flor com Hortelã
Quarta-feira: Cenoura com Beterraba
Quinta-feira: Grão com Espinafres
Sexta-feira: Courgete com Queijo
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
O convite está lançado:
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Uma horta no quiosque
Este sábado, dia 28 de Setembro, às 11h00, o autor vem ao Quiosque do Príncipe Real para uma sessão de autógrafos. Compre um livro, leve uma assinatura e ganhe um refresco. Escolha entre Capilé, Erva-Príncipe e Chá Verde Gorreana e deite-se a imaginar a sua horta tornada realidade.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Mesas desconstruídas
Foto de Ferdinand Krieg para a Trienal. E o artigo de Alexandra Prado Coelho para o Público aqui.
Lisbon's Refreshment Kiosks
Príncipe Real garden |
Luís de Camões square |
Flores square |
São Paulo square |
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Da realeza das ervas
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Há festa no jardim
terça-feira, 17 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Jantares absurdos para pensar a comida e a cidade
"The Planetary Sculpture Supper Club são uma série de jantares integrados na Trienal de Arquitectura de Lisboa, e que acontecem todas as quintas, sextas e sábados até Dezembro. Os menus – com os temas Caviar Para Todos, Voltar a Ter Tempo e Receitas Para o Desastre – são concebidos pelo Center for Genomic Gastronomy e elaborados pelas Escolas de Hotelaria e Turismo de Lisboa, Estoril e Setúbal. Aos sábados, em A Cidade à Mesa, o jornalista Carlos Vaz Marques convida uma figura pública – um marquês – e desafia-o a apresentar uma ideia para Lisboa." Jornal Público.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
VFNO 2013
O amor (aos livros) e uma cabana
Instruções para o uso da cabana de leitura: Quem quiser usar a cabana, o seu espaço e os seus livros (a biblioteca Um, dois e muitos) inscreve-se e faz uma reserva – pode ficar o dia todo ou apenas umas horas. Após a confirmação da sua reserva deverá levantar a chave da cabana, na bilheteira do Jardim Botânico.
Esta regra é necessária por duas razões: 1º A obra foi pensada e construída para ser usufruída por uma pessoa de cada vez. 2 º A artista considerar que os que a usarem passam a ser em conjunto com a obra, a obra em si (acrescentando à colaboração estes nomes)
Um projecto de Marta Wengorovius. Com a colaboração de Francisco Aires Mateus e Ana Almada Pimentel. O evento aqui.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Refresco em voga
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Cerveja
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Passa tempo no quiosque
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Lisboa ConVida. E o refresco também
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Canela & Hortelã à descoberta do Refresco
E os quiosques, recentemente recuperados, passaram a fazer parte do roteiro social dos Lisboetas. Numa parceria entre Catarina Portas (A Vida Portuguesa) e João Regal (Delidelux), o Quiosque de Refresco passou da ideia à prática quando a Câmara de Lisboa decidiu concessionar três dos mais belos quiosques antigos da capital, no Príncipe Real, Praça das Flores e Camões. Recuperados, abriram ao público em abril de 2009, com o desejo de trazer de volta sabores próprios e antigos, recriados para os dias de hoje. Nestes espaços estabelecem-se alianças de xaropes com empadas, pastéis de nata com ginjinha, a limonada com a sanduiche, sopas, bolos e outras bebidas. Todas as desculpas são válidas para por a conversa em dia. “Vai um capilé?”
Os quiosques estão abertos todos os dias. O Quiosque do Príncipe Real (Praça do Príncipe Real) e o Quiosque das Flores (Praça das Flores) das 7h30 às 00h00, o Quiosque do Camões (Praça Luís de Camões) das 7h30 à 1h00."
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Lisboa, Capital Mundial do Quiosque
A Time Out decretou "Lisboa, Capital Mundial do Quiosque" e veio falar com Catarina Portas sobre a história do renovado espécime na Praça de São Paulo. Os quiosques são cada vez mais um símbolo da capital. Mas no início, era o refresco.
"Catarina Portas e João Regal, criadores do projecto Quiosques de Refresco, são, actualmente os proprietários de quatro bonitos metros quadrados numa das praças mais giras - ainda que a precisar de alguma reabilitação - da cidade: a Praça de São Paulo.
"Cada um de nós é dono de dois metros quadrados", conta a ex-jornalista. E isto porque, ao contrário da maioria dos quiosques da cidade, este não pertence à Câmara Municipal de Lisboa. "É mesmo nosso." Sim, é possível. Mas só porque foi reconstruído (ou reabilitado, vá) na estrutura antiga que ali existia há quase 100 anos.
Não pense, porém, que foi uma negociação simples. Partiu de um longo namoro entre as partes envolvidas: a equipa dos Quiosques de Refresco e a senhora Maria Rosário Castanheira. "O quiosque estava na família do marido desta senhora há vários anos. E quando a empresa do marido dela faliu, nos anos 60, a senhora lembrou-se de vir tomar conta do quiosque", explica Catarina Portas. Até que um dia leu sobre os Quiosques de Refresco (a funcionar desde Abril de 2009), foi à loja A Vida Portuguesa e deixou uma carta com umas bonecas de papel dos anos 40, e um recado a dizer que era dona do quiosque de São Paulo.
"Na altura tivemos uma grande conversa, e o quiosque até estava alugado. Mas um ano e meio depois vi o quiosque fechado. Fomos falar com a senhora e quase foi ela a entrevistar-nos."
Compra feita, seguiu-se um estudo sobre o quiosque e um plano para as obras, que acabaram no início de Julho, quando o quiosque abriu as janelas. "Era verde garrafa e pintámos de vermelho e cinzento, mudámos os metais que estavam destruídos e recuperámos a antiga barriga do quiosque", explica Catarina. Para abrir com a mesma oferta que têm os outros três quiosques e uma novidade que há muito se impunha nos seus congéneres: vende cerveja.
Lambreta a 1€, imperial a €1,50. Tem ainda os clássicos refrescos como a limonada, o mazagran e o leite perfumado; a família de xaropes com os novos sabores de tangerina, chá verde Gorreana e erva-príncipe; os bolos, queques, pastéis de nata, queijadas e afins; e as sanduíches, como a de queijo flamengo com marmelada ou de queijo de cabra com pasta de azeitonas. "Temos uma cozinha na Rua do Século e uma motoreta que entrega os produtos aqui."
Resta saber se o império continuará a crescer. "A nossa aposta sempre foi provar que os quiosques eram possíveis nos dias de hoje. E já o fizemos."
Quiosque da Praça de São Paulo
Praça de São Paulo. Dom-Qua
08.30-01.00; Qui-Sáb 08.30-02.00"
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
O verão no quiosque
"Há quem diga que agosto é o melhor mês para se estar na capital. A Visão Sete sugere lugares e atividades para aproveitar de melhor maneira esta Lisboa mais sossegada.
Sandra Pinto: Texto. José Carlos Carvalho: Fotos. (...)
Se é adepto do capilé, desça até ao Largo de São Paulo, no Cais do Sodré, e instale-se na esplanada do Quiosque de refresco (o quarto da família), em tons de verde e cinzento. Apesar das "portadas" abrirem pelas 8 e 30 e nele poder tomar o seu primeiro café ou limonada matinal, a localização próxima de bares e discotecas, faz dele um "poiso" para iniciar a noite (de domingo a quarta das 8 e 30 à 1 hora e de quinta a sábado até às 2 horas). De todos os Quiosques de Refresco, este é o primeiro onde é possível beber uma cerveja - as outras sugestões na ementa são aquelas a que os outros já nos habituaram: limonada (€1,85), xaropes, o famoso capilé e chás.
Com mais ou menos ação, agosto é o mês para sair à rua e se permitir um ritmo menos acelerado. Em breve, a cidade estará de volta à azáfama habitual."