sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O feriado das Flores

A Le Cool de Lisboa quer ver a cidade inundada de flores (em vez de água da chuva como aconteceu hoje) e sugere mesmo que se crie um dia da flor, em que oferecemos uma a um ente querido. "Enquanto isso, bebe-se um leite perfumado no quiosque da Praça das Flores."


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Brevemente, numa garrafa perto de si...


"Que projectos está a desenvolver neste momento?
O xarope de groselha e o capilé engarrafados. Quando decidimos que queríamos recuperar a groselha e o capilé, fizemos uma busca no mercado e descobrimos que aquilo que existe não tem um único ingrediente natural. São produtos feitos basicamente de corantes e aromas. Resolvemos pesquisar as receitas antigas e demo-las ao Daniel Roldão, dos rebuçados de ovo de Portalegre, e ele desenvolveu-nos os xaropes. Produzimos os xaropes com a marca Quiosques de Refresco. (...)

Por onde expandir mais?
Comecei o projecto dos Quiosques de Refresco com o João Regal e estou interessada em expandir... Se calhar, vamos aumentar o número de quiosques, mas só nos interessam os antigos. Fizemos este projecto para provar que era possível aqueles quiosques continuarem a existir e a servir o público e, sobretudo, a existir na cidade. São tão charmosos, tão bonitos e dão uma graça tão grande a Lisboa."

Excertos de uma entrevista de Catarina Portas conduzida por Mónica Franco para a revista Sábado e publicada no suplemento "100 Anos, 100 Marcas" de 21 de Outubro 2010.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Menu das sopas


São estas as sopas da semana: hoje há Feijão Verde. Quarta há Feijão Branco com Presunto. Quinta há Courgette e sexta Cogumelos. Deliciem-se!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Praça das Flores






Começamos pelo quiosque da Praça das Flores e apresentamos os autores por ordem alfabética, sem qualquer tipo de favoritismo... A partir de cima, as entradas de Ana Maria Parrulas, Ana Rita Santos Ferreira, Cláudia Oliveira Adro e Claudio Patane, com dois desenhos.

Desenhadores de quiosques



Já era altura de começarmos a mostrar os restantes trabalhos dos concorrentes ao "Desenha-me um Quiosque", que tanto dificultaram a tarefa ao júri da competição. Uma tarefa que intuímos logo que não ia ser fácil. Desde que recebemos os primeiros telefonemas entusiásticos com perguntas em relação ao regulamento. Mal vimos os primeiros traços, vibrantes de talento, na tarde em que lançámos o concurso. Logo que começámos a receber os vossos desenhos. Cerca de 300 entradas, de profissionais a atrevidos ou curiosos, de todas as idades.

O Quiosque de Refresco agradece muito especialmente aos Urban Sketchers, que ajudaram a dar alma e visibilidade ao concurso. Bem como à Delta Cafés e à Viarco, que contribuiram com os prémios. Agradece e parabeniza todos e cada um dos participantes. Por olharem para os nossos quiosques com uma frescura e um encanto que transparecem em traços e cores. Que tornam tão óbvio o facto de que este concurso tem que continuar, por mais anos. Por isso, até para o ano. E obrigado.

Fotografias de Ricardo Santeodoro.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Príncipe nocturno


Animação de rua, feiras do livro, música jazz, tocadores de tambor e largada de balões. Performances de ópera, sapateado e magia. Exposições no Museu de História Natural, visitas guiadas no Museu da Água e actividades especiais para o público infantil. Por estes dias, ou melhor, por estas noites, o Príncipe Real está imparável.

E os horários das lojas (são sempre mais as que se associam à inicitativa, da Rua D Pedro V à Rua da Escola Politécnica e perpendiculares) esticam até às 23h00 hoje e amanhã. Tudo em nome da chamada "dinamização do comércio local".

Pela nossa parte, o quiosque do Príncipe Real continua a matar a sede e a fome até às 24h00, como todos os dias. Para desfrutar dos encantos nocturnos do príncipe dos quiosques.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A estação das sopas


A descida das temperaturas também tem destas coisas boas: a sopa está de volta aos Quiosques de Refresco. Hoje há Creme de Abóbora, amanhã de Ervilhas, quarta de Cogumelos, quinta Grão com Espinafres e sexta Alho Francês. Bom apetite!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A origem dos quiosques


"Diana Moreira viajou no tempo e fez como os avós: renegou a internet e entregou-se à pesquisa à moda antiga. Mergulhou de cabeça no Gabinete de Estudos Olissiponenses e descobriu a história dos quiosques. Em livros, pois claro.

Se lhe dissermos que rabiosque pode ter qualquer coisa a ver com quiosque, acredita? Não? Então leia com atenção: segundo Baltazar Caeiro, na sua obra Quiosques de Lisboa, o termo "quiosque" vem do francês "kiosque" que, por sua vez, derivou do persa "koushk" e do turco "kiouhk" que, para além de "pavilhão de jardim", significa... nádega. Está a ver a ligação?

Baltazar Caeiro refere que poderá estar relacionado com a forma como as pessoas se posicionavam em torno dos quiosques, de traseiros mais ou menos empinados, aglomerados em alegre socialização. O certo é que desde 1620 que os franceses os cultivam. Primeiro como coretos, para música, ou pequenos pavilhões de jardim, e só depois,, em 1865, com a explosão da Arte Nova, como forma de decoração das ruas, pequenas boutiques onde era possível comprar flores, tabaco, jornais e refrescos. Uns vaidosões, os franceses. A moda pegou e alastrou-se pela Europa. Portugal não ficou de fora e em 1869 as pequenas construções de estilo oriental, embelezadas pelo ferro torcido da Arte Nova, invadiram o país.

Primeiro no Rossio - o quiosque Elegante, apelidado de "Bóia" pelos operários e artesãos, como se fosse uma espécie de salvação contra a rotina do trabalho. Mais tarde seria rebaptizado pelo povo como o "quiosque dos libertários", por ser ponto de encontro dos progressistas do início do século XX. Seguiu-se o Passeio Público, na Avenida da Liberdade, a zona ribeirinha, com quiosques dedicados aos trabalhadores portuários, com torresmos e afins, e finalmente nos jardins e outros pontos centrais de Lisboa antiga.

A população fervilhava em torno dos "kioskos": antes ou depois do trabalho, para descontrair, e aos fins-de-semana, em passeio com a família. Bebia-se chocolate quente e vinho a copo, gasosas, capilé, misturas de anis, caramelo e água, e cerveja de botija. Até que, em 1900, alguns quiosques começaram a vender sorvetes. Aí foi a verdadeira loucura. No terreiro do Paço havia até alguns que forneciam peixe frito e azeitonas aos mais destemidos.

Os quiosques, segundo Claude Bony, em Uma História dos Quiosques, funcionavam como uma versão mais pequena e barata do café, taberna e leitaria, mais próxima do cliente e acessível a todos os bolsos. E se no início eram os operários e pequena burguesia que os frequentavam, rapidamente os artistas, elite e intelectual e, claro, os estudantes, tomaram conta dos quiosques para beber copos e partilhar ideias.

O primeiro pedido de instalação de um quiosque em Lisboa data de 1867 e foi feito à Câmara pelo artista e escritos D. Thomaz de Mello. A licença só sairia um ano depois, com a proposta da Câmara de se instalar quiosques pela cidade, como "forma de embelezamento e coisa útil".

Mas a maravilha dos quiosques vai mais além. Foi graças a um deles que nasceu a primeira esplanada em Lisboa, na Travessa da Glória. Estava dado o mote para uma das melhores actividades sociais. Daí a nada a mania de pôr mesas em frente aos cafés espalhou-se e rapidamente todos podiam aproveitar o ar livre, de copo na mão ou prato cheio.
Hoje, e depois de muitos anos de abandono, os quiosques voltaram a embelezar e alimentar as zonas centrais de Lisboa, graças ao plano de recuperação de jardins e espaços verdes da Câmara de Lisboa. E nós agradecemos. É que esplanadas, petiscos e bebidas nunca são de mais."

Time Out, 6 de Outubro 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"Amamos Quiosques"


A Time Out dedica o último número aos quiosques de Lisboa, numa declaração de amor a uma "das referências que melhor distingue a nossa cidade. (...) Os novos quiosques lisboetas souberam reinventar-se da cabeça aos pés. Nos últimos anos, muito mais rápido do que é normal - primeiro pela mão de Catarina Portas e os seus... Quiosques de Refresco - estes quiosques castiços, iguais a tantos outros, apresentaram-se à cidade de cara lavada. Com melhor aspecto, melhores serviços e, sobretudo, com muito melhor gosto. Essa mudança, que combina tendências contemporâneas e ideias revivalistas, é daqueles fenómenos que nos deve obrigar a parar, pensar e elogiar."


"A moda é quioscar, uma palavra acabada de inventar por Diana Moreira e que a partir de agora passará a andar na boca dos lisboetas. Vamos quioscar? (...) Entre meias de bacalhau e capilé. Não há quiosque em Lisboa que se pareça com o Quiosque do refresco. A ideia, de Catarina Portas e João Regal, é recuperar o passado português, em forma de limonada, leite perfumado, orchata, ginginha, mazagran ou capilé. Mas atenção, não há cerveja. Mas há a melhor limonada do mundo (provavelmente) e sandes de fazer crescer água na boca, como a de tapenade (pasta de azeitona) e queijo de cabra, meia desfeita de bacalhau, à antiga, queijo flamengo com marmelada ou de pasta de sardinha. E é tudo caseiro, feito com produtos frescos. Típico mas gourmet. Se a esplanada do Camões estiver cheia, pode sempre ir até ao Príncipe Real ou à Praça das Flores. Há mais dois Quiosques de Refresco para descobrir."


‎"Era um português, um francês e um espanhol, mas em vez de entrarem num bar foram para a Praça Luís de Camões desenhar um quiosque. O resultado é este (...) A ideia, de Catarina Portas e João Regal, em parceria com os Urban Sketchers, foi pôr toda a gente a fazer desenhos. Através do facebook e de aguns cartazes estrategicamente espalhados, apelarem ao artista dentro de cada um e lançaram um desafio: desenhar um dos três Quiosques de Refresco. O prémio seria 1000 euros por quiosque e a edição do desenho em postal. Foi assim que no 1º de Maio o Camões foi invadido por artistas verdadeiros e outros improvisados, de olhos postos no quiosque e de lápis em punho. Foi muito divertido aparecerem pessoas de todas as idades, até miúdos de oito anos, conta Catarina Portas. (...) Os felizes contemplados, um português, um francês e um espanhol - nunca é de mais repetir este início de anedota típica portuguesa - são homens experientes no que toca às artes.(...) A ideia é fazer isto todos os anos, no aniversário dos quiosques. Não só porque é muito divertido ter o Camões cheio de desenhadores, mas porque é uma forma diferente de ver a cidade, através do desenho em vez de fotografias ou filmagens. Vê? Para o ano pode ser o feliz contemplado. pelo sim, pelo não, vá trinando esse traço." Diana Moreira, Time Out 6 de Outubro 2010.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Desenha-me um Quiosque


Para comemorar o seu primeiro aniversário, o Quiosque de Refresco lançou em Maio, o concurso “Desenha-me um Quiosque”, em parceria com a Delta Cafés e os Urban Sketchers Portugal. Aberto a todos, curiosos ou profissionais, com vontade de passar para o papel um dos três Quiosques de Refresco de Lisboa: Praça Luís de Camões, Jardim do Príncipe Real e Praça das Flores.

Recebemos um número significativo de entradas, muitas de qualidade excepcional, não só do território nacional mas também do estrangeiro. Estes trabalhos foram apreciados, com esmero e imparcialidade, por um júri composto por Eduardo Salavisa (representante dos Urban Sketchers Portugal), Ana Vidigal (artista plástica), Ricardo Mealha (designer gráfico), Catarina Portas e João Regal (representantes do Quiosque de Refresco).

A escolha, regada a refrescos vários, recaiu sobre as entradas de Lapin (Quiosque do Camões), Enrique Flores (Quiosque das Flores) e João Catarino (Quiosque do Princípe Real). Cada um deles receberá um prémio pecuniário no valor de 1.000€ e um conjunto de material de desenho da linha ArtGraf da Viarco. Os três desenhos serão reproduzidos num postal de formato 16 x 11 cm. O júri decidiu ainda atribuir duas menções honrosas, aos trabalhos apresentados por Maria Boavida e Sara Simões.

O Quiosque de Refresco quer agradecer a todos, parceiros e concorrentes envolvidos nesta iniciativa, que a tornaram possível e a coloriram com entusiasmo. Um entusiasmo que só vem confirmar o nosso desejo de repetir este concurso anualmente. Como forma de ilustrar e celebrar este projecto de recuperação de uma tradição lisboeta (de espaço, tempo e sabor) que é o nosso.

Fotos: Ricardo Santeodoro.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vencedores


Assina-se muito simplesmente Lapin. Não vai para lado nenhum sem o seu caderno e isso vê-se no seu trabalho, no blogue, no site (Les Illustrations de Lapin). Não abre mão dele para captar “rostos, objectos e momentos”. Da vida de todos os dias. Ou não fosse ele um ilustrador freelancer (para edição, moda, publicidade) desde 2008. De origem francesa, estudou arte, trabalhou como director artístico em Paris e Barcelona, onde reside e de onde se deslocou expressamente a Lisboa, quando tomou conhecimento do nosso concurso. De propósito para desenhar os nossos quiosques e apresentar a entrada vencedora do Camões.


Nasceu em Portugal há 45 anos, João Catarino de seu nome, sob o signo do Touro e da Serpente. Não é certo de que forma estes factores astrológicos terão influenciado o seu talento criativo, mas a verdade é que não é capaz de conceber um dia sem desenhar (por isso chamou ao seu blogue Desenhos do Dia). Interessa-se pelo surf, os automóveis e os “cadernos resistentes da Papelaria da Moda na baixa de Lisboa”. É professor no Ar.co, dá palestras, faz ilustrações para diversos sítios. Ilustra como quem respira. Ou como quem bebe um refresco. No quiosque do Príncipe Real.


Não deve ter sido coincidência que Enrique Flores tenha acabado por desenhar o quiosque que mais condiz com o seu sobrenome. Nascido em Espanha em 1967, estudou arte e design gráfico na St. Martins londrina e passou os últimos dez anos a desenhar profissionalmente. Banda desenhada e criações que foram “parar a livros infantis, clássicos juvenis, revistas e jornais para adultos” (incluindo o El País, mais no site 4ojos). Prefere viajar fora do seu país e usa os cadernos que o acompanham para recordar quanto viu. “Gosto de começar com o pincel grosso, procurando não ter medo e assumindo o direito de errar.”

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A Incrível Tasca Móvel


O Quiosque de Refresco também gosta de uma boa tasca. Ainda para mais se é A Tasca das Tascas. Que se apresenta hoje, amanhã e depois, às 21h00 no Largo do Rossio. A entrada é livre mas o recinto é limitado a 300 pessoas.

"Abençoada por colectividades, filarmónicas, feiras e arraias, esta tasca-concerto a céu aberto é uma Sala d’Star para receber amores d’St...rada, estimados artistas, protagonistas de um singular e ousado imaginário português. Nesta tasca incrível cruzam-se um fadista pugilista, uma acordeonista do oeste português, um contrabaixo feito de uma corda só, uma guitarra portuguesa que ri, uma cadeira bateria, uma mini filarmónica on acid. Espectáculo a não perder com actores e músicos que rasgam a fronteira do palco numa relação directa com o público. Não tenha vergonha! Não tenha medo!… E pise o palco mais democrático do mundo: a Rua!"

Galeria alfacinha

Há pinturas da nossa Alfacinha, Margarida de seu nome, na exposição colectiva "Entrada Livre" da Galeria 9arte (Rua D. Luís I nº 22 em Lisboa). Para ver até dia 18 de Outubro, de segunda a sexta das 12h00 às 19h00, aos sábados por marcação (tel. 213 901 212). Como este "Série b"...