segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O licor de Portugal


Em finais do séc. XIX um caixeiro viajante de vinhos do Porto, passando pela Lousã, apaixonou-se pela filha de um farmacêutico. Ora, naquela farmácia preparava-se um licor que o rapaz viu como negócio autónomo, apostando na bebida que em 1929 foi baptizada como Licor Beirão. Em 1940, o negócio foi comprado por José Carranca Redondo que, investindo o que tinha e não tinha nesta bebida, revelou a sua audácia apostando desde a década de 50 na publicidade ao longo das estradas do país e depois na televisão com estrelas como Tony de Matos. Assim se tornou tão popular que não há hoje quem lhe conteste a apresentação como “o licor de Portugal”. Preparado a partir de uma maceração e dupla distilação de sementes e plantas aromáticas, este doce licor com uma graduação alcoólica de 22 graus serve-se como digestivo, simples ou com gelo, mas também como aperitivo, com sumo de limão e/ou gin. Sempre na sua garrafa inconfundível, com a fita colocada ainda manualmente.

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