quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Às cinco e a qualquer hora
CHÁ GELADO. O chá tem tradição num país que conta na sua história com uma rainha responsável pela popularização desta bebida além fronteiras – pois foi D. Catarina de Bragança que introduziu o costume do chá em Inglaterra. A sua versão gelada, à base de chá de Jasmim, acrescentada de rodelas de limão e açúcar é um extraordinário dessedentador, leve e naturalmente revigorante.
ICED TEA. Portugal has a long tea tradition. Catherine of Braganza made this drink popular in the western world when she became Queen of England and introduced the habit of drinking tea there. Its iced version, made from Jasmine tea, flavoured with cane sugar and lemon slices, is an excellent refreshment, light and naturally invigorating.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Expresso no quiosque
"Carrega um apelido de peso. Mas Catarina tem, como todos os Portas, deixado lastro. Aos 41 anos, é uma empresária de sucesso. A sua cabeça fervilha de ideias. Nasceu numa família privilegiada, mas nunca lhe facilitaram a vida. Quando queria algo, tinha de trabalhar. Saiu de casa aos 16 anos. Aos 18 investiu todo o dinheiro que tinha numa máquina de costura, para fazer chapéus, e trocou os estudos para escrever no "Independente", um semanário criado e dirigido pelo seu irmão Paulo Portas. A partir daí, nunca mais parou. Esteve na rádio e na televisão e escreveu livros. Depois criou a sua empresa, e hoje os seus negócios são reconhecidos e apreciados em todo o mundo. (...)
Ampliou o negócio com a abertura dos Quiosques de Refresco. Tem três: no Largo Camões, na Praça das Flores e no Príncipe Real, em lisboa. Faturaram mais de 700 mil euros em pouco mais de um ano. É uma nova frente?
Foram um grande sucesso. Se lá vendesse cerveja, garanto-lhe que ganharia muito mais dinheiro. É um negócio que tem muitos custos. São 25 colaboradores, e há uma pessoa que faz só refrescos. Não procuramos soluções fáceis, mas concretizar boas ideias. Isso foi uma coisa que aprendi com uma pessoa que foi muito importante na minha vida, o manuel Reis, que teve o Frágil, o Lux e é sócio do restaurante Bica do Sapato.
Diz que não tem carros, nem barcos, e que o dinheiro não é o objetivo... O que faz ao dinheiro?
(risos) Não ganho muito, é preciso que as pessoas saibam isso. A minha vida mudou drasticamente desde que passei a andar com uma máquina calculadora na carteira. Uma das coisas que descobri é que o Estado leva a maior parte. Seria preferível que os governos criassem menos programas de apoio mas que cobrassem menos impostos para se poder reinvestir. Não tiro praticamente dinheiro nenhum da empresa. Tenho um salário e vivo dele. para mim, é importante que a empresa tenha capital para crescer. (...)"
Excerto de uma entrevista de Cândida Santos Silva, com fotografia de Ana Baião. Revista "Única", semanário "Expresso", 21 de Agosto 2010.
Ampliou o negócio com a abertura dos Quiosques de Refresco. Tem três: no Largo Camões, na Praça das Flores e no Príncipe Real, em lisboa. Faturaram mais de 700 mil euros em pouco mais de um ano. É uma nova frente?
Foram um grande sucesso. Se lá vendesse cerveja, garanto-lhe que ganharia muito mais dinheiro. É um negócio que tem muitos custos. São 25 colaboradores, e há uma pessoa que faz só refrescos. Não procuramos soluções fáceis, mas concretizar boas ideias. Isso foi uma coisa que aprendi com uma pessoa que foi muito importante na minha vida, o manuel Reis, que teve o Frágil, o Lux e é sócio do restaurante Bica do Sapato.
Diz que não tem carros, nem barcos, e que o dinheiro não é o objetivo... O que faz ao dinheiro?
(risos) Não ganho muito, é preciso que as pessoas saibam isso. A minha vida mudou drasticamente desde que passei a andar com uma máquina calculadora na carteira. Uma das coisas que descobri é que o Estado leva a maior parte. Seria preferível que os governos criassem menos programas de apoio mas que cobrassem menos impostos para se poder reinvestir. Não tiro praticamente dinheiro nenhum da empresa. Tenho um salário e vivo dele. para mim, é importante que a empresa tenha capital para crescer. (...)"
Excerto de uma entrevista de Cândida Santos Silva, com fotografia de Ana Baião. Revista "Única", semanário "Expresso", 21 de Agosto 2010.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Mister Perfumado
Esta antiga receita mediterrânica mereceu diversos sucedâneos caseiros em Portugal. O nosso Leite Perfumado, feito à base de leite de vaca fervido com açúcar, limão e canela, serve-se muito frio e é um extraordinário refresco, doce e aromatizado, suave e nutritivo.
This ancient Mediterranean recipe is the base of various home-made versions in Portugal. Our Perfumed Milk is made of semi-skimmed cow's milk boiled with cane sugar, lemon peel and cinnamon sticks. Served on ice, it is an extraordinary cold drink - sweet, tasty, smooth and nutritious.
Fotografias de/Photos by Bruno Nabais.
This ancient Mediterranean recipe is the base of various home-made versions in Portugal. Our Perfumed Milk is made of semi-skimmed cow's milk boiled with cane sugar, lemon peel and cinnamon sticks. Served on ice, it is an extraordinary cold drink - sweet, tasty, smooth and nutritious.
Fotografias de/Photos by Bruno Nabais.
Estruturas de charme
O passado adaptado ao futuro, revitalizando estruturas urbanas charmosas. Catarina Portas explica o projecto do Quiosque de Refresco no programa "As Cidades Invisíveis" de Guta Moura Guedes.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Com uma dose de chique e desfaçatez
Em entrevista à edição de Julho/Agosto 2010 da Recursos Humanos Magazine, Catarina Portas explica como surgiu a ideia dos quiosques de refresco e como se gere uma equipa numerosa mas também "dinâmica, cumpridora, implicada, solidária e divertida". Fala de um empenho sem corantes nem conservantes e de "uma missão maior": "contribuir para um país social, cultural e economicamente mais interessante".
Recursos Humanos Magazine: Os negócios têm-lhe corrido de feição. Foi o sucesso experimentado com A Vida Portuguesa que a levou a avançar para o seu projecto mais recente dos quiosques de Lisboa?
Catarina Portas: Quando me surgiu a ideia d’ A Vida Portuguesa, comecei naturalmente a aplicar o mesmo modelo de pensamento a outros temas. Como pegar numa herança antiga e recuperá-la para os dias de hoje? Sempre gostei de quiosques e afligia-me ver tantos e tão bonitos fechados e degradados. Quando a Câmara Municipal de Lisboa colocou a concurso a concessão de três quiosques antigos no centro da cidade, desafiei o João Regal da DeliDelux para este projecto de recuperação. Os quiosques do Largo Camões, Príncipe Real e Praça das Flores foram integralmente recuperados e apetrechados para vender as bebidas frescas tradicionais lisboetas (em vez dos habituais e monótonos refrigerantes engarrafados): a limonada, o capilé, a groselha, a orchata, o leite perfumado. E a ginginha, claro. Sabores próprios e antigos, fresquíssimos, sem conservantes mas bem conservados porque recriados para os dias de hoje. Tudo em louça descartável e biodegradável (copos transparentes em PLA, amido de milho, em vez de plástico). A preços acessíveis porque este é um espaço de todos, com esplanada, para desfrutar sem pressas.
RHM: Como lhe surgiu o conceito dos quiosques?
CP: Sempre gostei de quiosques e causava-me tristeza passar por eles e vê-los fechados, ao abandono. Gosto de fazer este exercício de pegar numa coisa semi-esquecida e perceber como é que se pode adaptar aos tempos de hoje de uma forma interessante, preservando as suas características originais. E achei que seria engraçado recuperar os quiosques, com uma dose de chique e desfaçatez, para a sua função original.
RHM: Qual tem sido a receptividade desta iniciativa?
CP: Tem sido óptima. Recentemente até lançámos um concurso de desenho para comemorar o primeiro aniversário, “Desenha-me um Quiosque”, e fomos inundados de participações, com uma qualidade incrível. E temos tido um óptimo feedback dos clientes, sobretudo das novas gerações que não conheciam muitos destes refrescos. Damos a provar e ficam rendidos.
RHM: Para o lançamento deste projecto, contou com o apoio do arquitecto João Regal. É importante para si firmar parcerias e partilhar os sucessos e eventuais insucessos, tentando, dessa forma, minimizar os riscos?
CP: Acredito que juntos, quase sempre, fazemos melhor. Gosto de trabalhar em equipa, ter alguém com quem discutir ideias e assim enriquecer os projectos. Na marca A Vida Portuguesa e na loja de Lisboa sou totalmente independente, arrisco como quero, faço o que me parece certo, nem que seja apenas por instinto. Tenho essa liberdade e isso é importante para mim. Já a loja do Porto é uma sociedade com a Ach. Brito, uma marca local que admiro infinitamente, exemplar no seu percurso de recuperação recorrendo inteligentemente à sua história e arquivo, sabendo penetrar num mercado de nicho a nível global. Para a loja online fiz uma parceria com uma loja online já existente, a Feitoria, especialmente dedicada ao artesanato. Somos duas lojas gémeas, com o mesmo carrinho de compras e, juntas, temos mais de mil produtos disponíveis. Dividimos os nossos catálogos, não nos concorrenciamos e atraímos mais clientes. Nos Quiosques de Refresco, a parceria é muito complementar. O João Regal é arquitecto, foi ele o responsável pela recuperação e adaptação dos Quiosques. Mas também tinha a experiência do DeliDelux, uma loja gastronómica que inclui cafetaria e isso também foi uma mais valia para o projecto. Quanto a mim, tive a ideia, fiz a investigação, desenvolvi e continuo a desenvolver o conceito, trato da comunicação. Em conjunto, decidimos tudo. […]
RHM: Uma vez que continua a dispersar-se por várias áreas de interesse, é fácil para si gerir uma equipa de mais de 30 pessoas?
CP: Tendo bons gerentes, é mais fácil. Pessoas que compreendem o projecto, que cresceram com ele, que acreditam e se dedicam. Mas nada funcionaria se não fossem os profissionais aplicados que formam as equipas e vestem a camisola. Ou, neste caso, o avental. Sei que muitos dos que trabalham connosco sabem que o seu empenho faz a diferença na vida de muitos outros, aqueles que produzem nomeadamente, e acredito que esse sentido de comunidade é uma motivação forte para todos nós.
RHM: Trata-se certamente de uma equipa jovem… Que tipo de técnicas utiliza para as motivar?
CP: São equipas geralmente jovens, com várias excepções. Hoje, recebemos muitos CVs de pessoas especialmente motivadas para trabalhar nas lojas d’ A Vida Portuguesa e nos Quiosques, por se identificarem com o projecto e o conceito. É meio caminho andado. No recrutamento, privilegiamos pessoas com formação, mesmo que noutras áreas, com interesse, curiosidade e personalidade – muitas nunca venderam coisa alguma. Há quem tenha vindo da área do cinema, do teatro ou das artes plásticas, da antropologia ou do design, das relações internacionais ou da comunicação social. Talvez não fiquem a vida inteira connosco mas, enquanto estão, cada um com as suas características e bagagem específica, são uma mais valia para o projecto. Para mim, o essencial é que entendam a nossa missão maior: fazer com que gostemos dos nossos produtos e, dessa forma, contribuir para um país social, cultural e economicamente mais interessante. Sentirem-se parte de uma equipa dinâmica, cumpridora, implicada, solidária e divertida também ajuda, é claro. Para mim, tem sido uma felicidade conhecer e trabalhar com muitas destas pessoas. Quando nos reunimos no Natal, é frequente que compareçam alguns que já não trabalham connosco mas que ficaram amigas da vida, para além da “Vida”. E isso é bom, muito bom.
RHM: Os seus colaboradores possuem algum tipo de formação específica sobre os produtos?
CP: Claro, isso é indispensável. A nossa principal missão é valorizar os produtos antigos e para isso é indispensável conhecê-los, saber-lhes as histórias e características. Temos materiais informativos, tanto n’ A Vida Portuguesa como nos Quiosques, e pedimos aos novos “recrutas” que os leiam. Sempre que possível também conduzo visitas guiadas às novas equipas. E uns vão passando aos outros a informação. Existe um bom ambiente e espírito de camaradagem nas nossas equipas e isso, para mim, é fundamental.
Nota: as fotografias são de Ricardo Santeodoro, tiradas por ocasião da festa do primeiro aniversário do Quioque de Refresco. Em cima: Catarina Portas e João Regal. Em baixo: parte da equipa dos quiosques.
sábado, 14 de agosto de 2010
Finalistas do Camões
Continuam a rufar os tambores. Deixámos para o fim o quiosque que mais entradas reuniu, para cima de oitenta. Entre essas, apresentamos (de forma aleatória) as 10 eleitas do Camões, que mais encheram o olho ao nosso júri. Os vencedores serão revelados não tarda...
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Lisboa na Rua
Já ficamos a saber que dia 3 de Setembro (sexta, às 19h00) vai haver música jazz no Jardim do Príncipe Real com a actuação dos Sarg. Mas enquanto ela não chega, o programa "Lisboa na Rua /Comm'Out Lisbon" arranca já hoje com a reunion Big Jazz Band, às 19h00 no Parque das Conchas. Também vai haver cinema, teatro, dança e outras músicas nos j...ardins, miradouros e praças da cidade até dia 12 de Setembro. Um mês de mimos culturais para os lisboetas ou visitantes, com entrada livre.
Finalistas do Príncipe Real
Hoje revelamos os 10 talentosos finalistas dos desenhos do Quiosque do Príncipe Real (aleatoriamente, como convém frisar). E quer saber os vossa opinião/palpite/parecer técnico - chamem-lhe o que quiserem, mas não deixem de o expressar ;-)
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Finalistas das Flores
O Quiosque de Refresco está pronto para divulgar os finalistas do concurso "Desenha-me um Quiosque". E quer agradecer a todos quantos enviaram as suas admiráveis criações. Começamos com os 10 finalistas do Quiosque das Flores, apresentados aleatoriamente, neste álbum do Facebook. Os vencedores serão divulgados muito em breve... A todos, continuação de muitos e bons desenhos!
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Da avenca ao capilé
O capilé é uma bebida feita a partir de xarope de folhas de avenca, com um toque de essência de flor de laranjeira, servido com água fresca, gelo e casca de limão. De uso muito antigo em Portugal, a sua receita está incluída no Cozinheiro Moderno, manual impresso em 1780. O nosso xarope exclusivo de Capilé é servido com Água do Luso, para diluição segundo o paladar de cada um.
Capilé is a drink made from maidenhair's leaves, with an added touch of orange blossom essence. It is served with cold water, ice and a slice of lemon. Traditional in Portugal, the recipe featured in “Cozinheiro Moderno” (Modern Cook), a book printed in 1780. Our exclusive “Capilé” syrup is served with still Luso water and diluted to suit the individual palate.
Legenda: Vendedor de capilé e ardina no Terreiro do Paço de 1908.
As palavras sabem nadar
Por estes dias o Quiosque do Camões viu-se surpreendentemente rodeado de criaturas marinhas coloridas e recitais de poesia portuguesa. Tudo porque o Festival dos Oceanos instalou na praça um espaço de leitura, tertúlia e animação em homenagem à língua do poeta. É o Aquário da Palavra, até 14 de Agosto, das 10h00 às 21h00. Pensem no sermão aos peixes, mas em versão camoniana...
Subscrever:
Mensagens (Atom)