"Os Quiosques de Refresco são quatro, neste
momento, e espero que daqui por uns dias sejam cinco, com a abertura de
mais um ali à frente da Sé de Lisboa. Os quiosques foram uma ideia que
me surgiu porque ando muito a pé, não tenho carta nem
carro, e estava sempre a esbarrar com quiosques fechados antigos.
Fazia-me alguma pena e aquilo tornou-se um exercício: "ora vamos lá
imaginar como é que se pode devolvê-los à vida dos nossos dias?" Fizemos
um trabalho de pesquisa também, sobre o que é que os quiosques na sua
história tinham vendido e uma dessas coisas eram refrescos. E fomos à
procura dessas receitas tradicionais dos refrescos. Também porque senti
que depois de várias décadas de refrigerantes talvez fosse o momento em
que as pessoas talvez lhes apetecesse outra vez uma coisa mais natural,
com menos corante, menos aromatizante... Fomos à procura dessas receitas
e hoje há uma pessoa que está todo o dia numa cozinha a fazer limonadas
e outras bebidas que nós vendemos."
"Isto deu início a um segundo negócio, de Xaropes de Refresco. Começámos exactamente com o Capilé e a Groselha. Na altura em que decidimos abrir os quiosques fomos à procura do que havia no mercado e descobrimos que tudo o que havia de xaropes de capilé e groselha, por exemplo, não continha um único ingrediente natural lá dentro. Continham apenas corantes e aromatizantes. Por isso encomendámos à sabores Santa Clara a fábrica que faz os rebuçados de ovo, de Portalegre, que desenvolvesse esses xaropes a partir das receitas antigas. Hoje em dia já temos a Groselha, o Capilé, o Chá Verde Gorreana, o xarope de Tangerina, o de Erva-príncipe, e agora saíram os xaropes de Tomilho-Limão e o de Limão, que está espectacular e acabámos de lançar há um mês."
Catarina Portas no programa COOLi da RTP Internacional, para rever aqui.