terça-feira, 12 de junho de 2012

Festas frescas

Santo António quer-se na rua

mais ou menos rocambolesco.

Venha passá-lo connosco

no Quiosque de Refresco.

Hoje o quiosque do Camões está aberto até às 02h00, enquanto que o da Praça das Flores e do Príncipe Real fecham à 01h00. Amanhã estamos abertos como habitualmente. Boas festas para todos!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A catalyst for business and social integration

"The Smart Guide to Utopia showcases 111 projects, initiatives and ideas from all over Europe that make our cities better places. (...) this book celebrates the energy and imagination of people who want to make their cities a little more fun, clean, friendly, green and above all, restore a sense of community.

Quiosques. A catalyst for business and social integration.

Quiosques. Lisbon. In the 19th century "Quiosques" arrived in Lisbon. Filling the city centre with floral-ornamented octagonal steel structures, they imbued it with a distinctly bourgeois flair. A rough count puts their numbers around 40, most of them only recently saved from a long process of decay. Due to the city's desire for a facelift, the authorities are currently re-licensing many of the kiosks in the city centre, as a gift to residents as well as acting as a cataclyst for business and social integration. Now, the "Quiosque de Refresco" in Príncipe Real Garden and Camões and Flores Squares sell beverages from the past, like Mazagran (a coffee and lemon) and Vinho Quente (red wine with spices, similar to mulled wine). Meanwhile, the five kiosks on Liberdade Avenue and those in Estrela Garden have opted for a trendy cultural slant, hosting concerts, readings and live acts all year round while offering a wide variety of snacks and light meals."

The Smart Guide to Utopia. 111 inspiring ideas for a better city.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O adeus à Panificação

O Chiado acordou triste com a notícia repentina de que a Panificação do Chiado vai fechar amanhã. E falamos tão somente de um dos estabelecimentos mais antigos e carismáticos destas ruas, fundado em 1917, na senda da democratização das padarias por Teófilo Braga em 1911 (pondo fim ao monopólio do fabrico e da comercialização do pão pela Companhia de Panificação Lisbonense).

Uma democratização que (de acordo com "Lisboa, As Lojas de um Tempo ao Outro", de Jorge Ribeiro e Júlio Conrado) haveria de levar à "melhoria da qualidade do abastecimento público daquele género de primeira necessidade. Em muitos estabelecimentos subsistem vestígios do que então constituiu um esforço para tornar mais agradável o aspecto das padarias."

E na Panificação do Chiado, que fazia parte de uma tradição de cafés e pastelarias para sempre ligadas ao carácter e à cultura lisboeta, esta preocupação perdurava num cuidado para se enfeitar de acordo com as comemorações do calendário.

Ao longo de 95 anos (tão próxima estava a centena...) a servir atenciosamente não só os clientes do bairro que ali tomavam café a qualquer hora ou compravam o pão de cada dia (do melhor que se amassava em Lisboa, rico em frescor e variedade) mas também a fornecer outros espaços gourmet e a servir deliciosamente a cidade.

Infelizmente, este não é o único a encerrar no espaço de poucos meses (ainda não estávamos refeitos do choque do encerramento da Ourivesaria Aliança e da Livraria Portugal) e preocupa-nos seriamente que estes estabelecimentos tão únicos e especiais fechem para dar lugar a um qualquer igual a tantos outros por esse mundo fora.

Não sabemos dizer o que nos vai fazer mais falta de entre as variedades de pão, bolos e afins, todos tão meticulosamente bem feitos, que a Panificação nos dava todos os dias. Sabemos, porém, que a Calçada do Sacramento nunca mais voltará a ser a mesma.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Refrescar, é preciso!

Damos por encerrada a época das sopas e deixamos que se instale como rei e senhor dos quiosqueiros o Refresco que nos dá nome. Buscámos na arte antiga e sábia dos refrescos portugueses, o sabor das bebidas frescas de Lisboa e recriámo-las para os dias de hoje, numa oferta original e deliciosa. Todos são confeccionados com ingredientes naturais, sem aditamentos químicos.

Groselha. Os Franceses estimam o Cassis ou a Grenadine mas nós, Portugueses, sempre preferimos a Groselha, um refresco clássico das tardes de calor, de sabor doce e frutado. A receita exclusiva do nosso Xarope baseia-se nas bagas naturais deste fruto vermelho e é servido com Água do Luso, para diluição ao gosto exacto do freguês.

Capilé. O capilé é uma bebida feita a partir de xarope de folhas de avenca, com um toque de essência de flor de laranjeira, servido com água fresca, gelo e casca de limão. De uso muito antigo em Portugal, a sua receita está incluída no Cozinheiro Moderno, manual impresso em 1780. O nosso xarope exclusivo de Capilé é servido com Água do Luso, para diluição segundo o paladar de cada um.

Limonada Chic. O sabor de uma limonada feita com limões espremidos no próprio dia é incomparável face aos diversos sucedâneos industriais. A nossa parte de uma receita clássica dos anos 30 e tem a particularidade de incluir, além do sumo, a infusão e casca do limão, o que resulta numa bebida de textura mais macia e sabor menos amargo, um refresco absolutamente magnífico todo o ano.

Mazagran. Em Portugal, somos especialistas de café, mesmo em refresco e com nome francês. Pois Mazagran é o nome de uma povoação argelina onde soldados franceses, vítimas de um longo cerco por tropas árabes, sobreviveram graças a esta bebida. A nossa versão inclui café, água, açúcar e limão, em doses muito precisas, para assegurar um soberbo e energizante refresco.

Chá Gelado. O chá tem tradição num país que conta na sua história com uma rainha responsável pela popularização desta bebida além fronteiras – pois foi D. Catarina de Bragança que introduziu o costume do chá em Inglaterra. A sua versão gelada, à base de chá de Jasmim, acrescentada de rodelas de limão e açúcar é um extraordinário dessedentador, leve e naturalmente revigorante.

Orchata. A Orchata foi um dos mais populares refrescos lisboetas no séc. XIX, com lugar cativo na obra de Eça de Queiroz. Feita à base de amêndoas, com açúcar em ponto, dissolve-se em água e acrescenta-se de gelo. É um refresco rico e cremoso, de gosto particular e requintado.

Leite Perfumado. Esta antiga receita mediterrânica mereceu diversos sucedâneos caseiros em Portugal. O nosso Leite Perfumado, feito à base de leite de vaca fervido com açúcar, limão e canela, serve-se muito frio e é um extraordinário refresco, doce e aromatizado, suave e nutritivo.

E como escreveu Eça de Queiroz, “ Vai de refresco!”.